Manifestantes apoiaram decisão do primeiro-ministro em lançar operação terrestre na Faixa
REUTERS/Ibraheem Abu MustafaManifestantes israelenses de direita e esquerda se enfrentaram neste sábado (19) na cidade portuárua de Haifa enquanto a polícia tentava separar ambos grupos e impedir um choque de maiores proporções por conta do conflito armado na Faixa de Gaza e no sul de Israel.
Centenas de nacionalistas se manifestaram neste sábado na cidade para expressar seu apoio ao Exército e aprovar a decisão do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de lançar uma operação terrestre na Faixa na quinta-feira (17).
Além disso, protestaram contra a violenta concentração que aconteceu ontem na mesma cidade na qual vários deputados árabes insultaram e agrediram as forças policiais, enquanto tratavam de marchar para o centro da cidade em uma manifestação não autorizada.
Veja mais notícias internacionais
"É uma vergonha que venham a nossa cidade para respaldar o Hamas", disse pela televisão uma das manifestantes sobre as declarações polêmicas da deputada árabe Hanín Zohavi, da vizinha cidade de Nazaré e que acusou o Exército de "matar crianças e idosos" e de "cometer crimes de guerra".
Desde Gaza, o movimento islamita Hamas louvou a coragem e apoio da deputada, que na sexta-feira (18) foi algemada por agredir supostamente um oficial de Polícia. Frente aos nacionalistas, vários centenas de membros do Partido pela Igualdade Jadash (ex-comunistas), integrado por árabes e judeus, se reuniram durante a noite para condenar a operação militar com cartazes contra a ofensiva militar.
Uma situação similar ocorreu também em Tel Aviv, onde ativistas de esquerda e de direita se manifestaram, uns em frente aos outros, perante o teatro Nacional Habima. Manifestações contra a ofensiva ocorreram também em vários povoados de minoria árabe de Israel, em sua maioria de origem palestina.