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Manifestantes ocupam as ruas de Paris contra restrições anticovid

Maioria dos franceses dizem apoiar medidas como a vacinação obrigatória e o passe sanitário para entrar em restaurantes e trens

Internacional|

Protestos na França contra medidas anticovid do governo de Emmanuel Macron
Protestos na França contra medidas anticovid do governo de Emmanuel Macron Protestos na França contra medidas anticovid do governo de Emmanuel Macron

Aos gritos de "Liberdade, liberdade!", milhares de pessoas, segundo jornalistas da AFP, manifestaram-se neste sábado (24) na França contra as medidas decididas pelo governo para conter a covid-19 no país, que ganha terreno com a variante Delta do coronavírus.

Em Paris, uma mobilização composta essencialmente por "coletes amarelos", um movimento de protesto hostil à política do governo, partiu da Place de la Bastille, no sudeste da capital. 

Jornalistas da AFP presenciaram incidentes esporádicos entre agentes das forças de ordem e manifestantes.

Milhares de outras pessoas, poucas delas usando máscara, reuniram-se ao som do hino nacional, a Marselhesa, na Place du Trocadéro, no oeste de Paris, respondendo ao chamado do ex-eurodeputado da extrema direita Florian Philippot.

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"Liberdade, liberdade" gritavam os manifestantes, vindos de Paris e das províncias, reunidos em torno de um púlpito com dezenas de bandeiras francesas. "Liberdade, eu não sou sua cobaia", resumia o slogan escrito em um cartaz.

Apoio da população

Esse movimento ocorre no momento em que os franceses afirmam ser esmagadoramente a favor da decisão - tomada em 12 de julho pelo presidente Emmanuel Macron - de tornar a vacinação obrigatória para os profissionais da saúde e de outras profissões, sob pena de sanções.

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A obrigatoriedade do passe sanitário (vacinação completa ou teste negativo recente) para ter acesso a locais públicos também é apoiada pela maioria dos franceses, de acordo com uma pesquisa publicada no dia seguinte a esses anúncios.

Já aplicado em espaços culturais e de lazer, o passe sanitário deve ser estendido no início de agosto aos cafés, restaurantes e trens. 

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O anúncio das novas medidas por Emmanuel Macron teve o efeito de acelerar a vacinação na França: 39 milhões de pessoas, ou 58% da população total, receberam pelo menos uma dose até sexta-feira e 48% estão totalmente vacinados. 

Mas depois de uma queda na primavera, o número de contaminações explodiu na França sob o efeito da variante Delta, altamente contagiosa, passando de 4.500 no dia 9 de julho para quase 21.500 na sexta-feira. 

A epidemia já matou mais de 110.000 pessoas na França até o momento, de acordo com o site oficial santepubliquefrance.fr. 

Outros protestos foram convocados neste sábado em uma centena de cidades francesas, incluindo Marselha (sul), onde milhares de pessoas de todas as idades marcharam aos gritos de "Liberdade, Liberdade" ou "Macron, não queremos seu passe".

A oposição às medidas do governo congrega manifestantes anti-máscara, anti-vacina ou anti-confinamento com reivindicações multifacetadas.

No último sábado, mais de 110 mil pessoas se manifestaram em todo o país contra a vacinação, a "ditadura" ou o passe de saúde. 

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