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Mário Soares visita ex-primeiro-ministro preso em Lisboa

Internacional|

Lisboa, 26 nov (EFE).- Em visita ao ex-primeiro-ministro José Sócrates na prisão de Évora, a 120 quilômetros da capital Lisboa, nesta quarta-feira, o ex-presidente de Portugal Mário Soares afirmou que acredita "naturalmente" na inocência do acusado de corrupção, fraude fiscal e lavagem de dinheiro. "Acredito na inocência, naturalmente", foi o que se limitou a dizer Soares. Essa é a terceira visita que o antigo chefe de governo recebe na prisão. A ex-mulher Sofía Fava, com a qual tem dois filhos, e Luis Manuel Capoulas Santos, ex-ministro da Agricultura de Portugal, o visitaram na terça-feira. Em artigo publicado no jornal português "Diário de Notícias", Soares, considerado um dos responsáveis pela transição democrática que nasceu na revolução de 1974, já havia criticado "o espetáculo midiático" gerado pela prisão. "O que foi feito a um ex-primeiro-ministro, com um anormal dispositivo policial, prejudicial para o segredo de justiça, não se pode passar por cima, independentemente do que está em jogo e da separação de poderes", comentou Mário Soares. O risco de destruição de provas e de atrapalhar a investigação são dois fatores que a imprensa lusitana aponta como determinantes para a prisão preventiva decretada para o político socialista. O caso, investigado pela procuradoria portuguesa, está sob sigilo. Por isso, algumas informações publicadas pela imprensa sobre a investigação levantaram suspeitas da própria procuradoria, que na noite de terça-feira confirmou a abertura de averiguações para saber se houve violação do sigilo. "O Ministério Público, sempre que fica sabendo de possíveis casos de crime de violação de sigilo, atua em conformidade. Assim, pelas notícias que circulam na imprensa, foi decidida a abertura uma investigação para questionar esses incidentes", disse a procuradoria em resposta enviada à Agência Efe. Na noite de terça-feira, a multinacional farmacêutica Octapharma, com sede na Suíça, informou que rescindiu o contrato de José Sócrates, que prestava serviços de consultoria para a América Latina. A imprensa portuguesa afirma que Sócrates trabalhava na empresa desde janeiro de 2013 e recebia cerca de 12 mil euros ao mês. O ex-primeiro-ministro português também era comentarista de política no canal público "RTP", função pela qual não cobrava. José Sócrates foi detido no aeroporto de Lisboa na sexta-feira, quando voltava de Paris. EFE atc/vnm

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