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As crises humanitárias em vários países continuam sendo uma das maiores preocupações de instituições como a ONU (Organização das Nações Unidas) em 2018, após 2017 ter batido o recorde de pessoas carentes de assistência devido a crises prolongadas. No ano passado, um total de 141 milhões eram vítimas de crises humanitárias. Veja algumas que continuam a manter milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade:
Reprodução/Pixabay
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Sudão do Sul - O conflito territorial de grupos com forças sudanesas, após a independência em relação ao Sudão, já forçou 2,5 milhões de sul-sudaneses a deixar o país africano
Médico que atende refugiados no Sudão do Sul ganha prêmio da Acnur
Reuters/Baz Ratner/09-09-18
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Eles vão em direção a Uganda, Quênia, partes do Sudão, Etiópia, República Democrática do Congo e República Centro-Africana. Cerca de 7 milhões de pessoas precisam de assistência humanitária no país
Reuters
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Síria - A guerra teve início em março de 2011, após forte repressão do governo a protestos pró-democracia na cidade de Deraa, ao sul do país
Reuters/ Khalil Ashawi/11-09-18
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Desde então, forças rebeldes continuam combatendo em um conflito que mobiliza o interesse de potências como EUA, Rússia e envolve participação de grupos radicais, como o Daesh. Mais de 5 milhões de pessoas deixaram buscaram refúgio em outras nações
Guerra da Síria: relembre os principais fatos de 7 anos de conflito
Reuters/Khalid al-Mousily/22-08-18
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Iêmen - A Guerra do Iêmen, iniciada em 2015, foi fruto de uma instabilidade política que conduziu ao poder Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi
Reuters/Khaled Abdullah/06-10-18
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Apoiadas pelo Irã, forças houthis, no entanto, iniciaram ofensiva contra o governo, apoiado pela Arábia Saudita. A guerra já deixou mais de 10 mil mortos. A fome e a precariedade das condições sanitárias se alastram pelo país
Reuters/Khaled Abdullah/06-10-18
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Mediterrâneo - A arriscada viagem de refugiados de guerra, vindos da Ásia e da África, rumo à Europa prosseguiu em 2018. Em junho, o número de mortes foi o maior em um ano e meio, chegando a 629
Reuters/Jon Nazca/08-10-18
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Países como a Itália, que costumavam receber imigrantes, fecharam as portas após a vitória de grupos de direita nas eleições
Reuters/Jon Nazca/08-10-18
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Crise dos Rohingya - A perseguição sofrida pelos rohingyas em Mianmar, levou mais de 700 mil pessoas a deixarem o país em 2017, rumo a campos de refugiados em Bangladesh
Reuters / Cathal McNaughton / 24.9.2017
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Cerca de 10 mil pessoas morreram nos ataques aos membros da etnia. Neste momento, cerca de 900 mil refugiados rohingyas apátridas estão em Bangladesh, vivendo com dificuldades em campos de refugiados
Reuters/Poppy McPherson/05-09-18
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República Democrática do Congo - Outra crise que preocupa a ONU é a vivida pela população da República Democrática do Congo, na África
Violência na República Democrática do Congo lota campos em Uganda
Goran Tomasevic/Reuters
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A insegurança alimentar tem assolado a população, em meio a conflitos étnicos no leste do país e à instabilidade política
REUTERS/Thomas Mukoya - 15/3/2018
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O chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, destacou que, neste ano, mais de 2 milhões de crianças sofrem de desnutrição aguda severa, e 13 milhões de pessoas (o dobro de 2017), em uma população de cerca de 78 milhões de habitantes, necessitam de assistência urgente
Reuters/Baz Ratner/08-09-18
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Venezuela - Após a morte do presidente Hugo Chávez, em 2013, o sucessor Nicolás Maduro tentou implementar a mesma política estatizante, mas se deparou com um contexto econômico desfavorável, que geraram protestos populares, reprimidos com violência por um governo autoritário
REUTERS/Andres Rojas
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A Venezuela entrou em colapso social e financeiro, com uma inflação de mais de 10.000.000% ao ano, projetada pelo FMI (Fundo Monetário Internacional)
Entenda a real dimensão da crise da Venezuela, do petróleo à fome
Eduardo Anizelli/Folhapress
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A falta de alimentos e remédios provocou uma onda de refugiados. Pelo menos 2,3 milhões de pessoas deixaram, em condições precárias, o país, segundo a ONU. Parte delas veio para o Brasil. Entre janeiro de 2017 e junho de 2018, 127.778 venezuelanos entraram no País pela fronteira com Roraima. 68.968 voltaram, mas há possibilidade forte de os demais 58.810 terem permanecido
Reuters/Marco Bello/14-09-18
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Nicarágua - Após um decreto do presidente Daniel Ortega, sandinista que lutou contra a ditadura em 1979, o país entrou em turbulência, com manifestações diárias pedindo a antecipação das eleições e a saída do mandatário. O decreto, que foi retirado, aumentava contribuição previdenciária de empresários e trabalhadores
'Desculpas' de Mianmar adiam retorno de rohingyas
Reuters/Oswaldo Rivas/04-10-18
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Mas o recuo do presidente foi tardio. Desde então, a Nicarágua vive sua maior crise política, em uma espiral de violência que se tornou a maior desde 1979
Reuters/Oswaldo Rivas/10-10-18
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A brutal repressão do governo já deixou mais de 440 mortos em três meses. Uma das vítimas foi a brasileira Raynéia Gabrielle Lima, morta a tiros quando dirigia seu carro em Manágua, em julho último
Como vivem os refugiados do Saara Ocidental na Argélia
Divulgação UAM