Merkel durante pronunciamento em Berlim nesta segunda
REUTERS/Hannibal Hanschke - 24/9/2018A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, admitiu nesta segunda-feira (24) que se equivocou em sua reação a alegações de simpatia do chefe da espionagem pela extrema-direita, depois de resolver uma crise causada por sua mudança de cargo, que ameaçou desmantelar seu governo.
As opiniões políticas de Hans-Georg Maassen, chefe da agência de inteligência BfV, passaram a ser esmiuçadas neste mês depois que ele questionou a autenticidade de um vídeo que mostra radicais perseguindo imigrantes em Chemnitz, cidade do leste alemão.
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Na semana passada a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel, a bávara União Social-Cristã (CSU) e seu terceiro parceiro de coalizão, o Partido Social-Democrata (SPD), concordaram em transferir Maassen para um cargo de alto escalão do Ministério do Interior.
Mas a medida provocou uma reação pública negativa quando veio à tona que Maassen também receberia um aumento de salário. A coalizão rescindiu o aumento no domingo (23) depois que alguns membros do SPD pediram que a sigla deixasse a aliança caso este fosse mantido.
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"Eu me concentrei demais na funcionalidade e nos processos do Ministério do Interior e não o suficiente no que mexe com as pessoas, e com razão, quando elas ouvem falar da promoção de uma pessoa", disse Merkel aos repórteres exatamente um ano depois que uma eleição nacional inconclusiva mergulhou a nação em um limbo político de seis meses.
"Lamento muito que se tenha permitido que isso acontecesse... é importante que agora resolvamos os problemas do povo."
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