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Merkel promete fazer "todo o possível" para evitar mortes no Mediterrâneo

Chanceler alemã citou a necessidade de lutar "contra o que origina esses fluxos de imigração"

Internacional|

A chanceler alemã, Angela Merkel, se comprometeu nesta segunda-feira (20) a fazer "todo o possível para impedir mais mortes perante a porta de nossa casa, a Europa", assim como a combater as máfias que traficam pessoas e que põem em perigo as vidas dos imigrantes no Mar Mediterrâneo.

"Devemos e vamos fazer todo o possível, em primeiro lugar, para intensificar a luta contra essas máfias", afirmou Merkel, em um discurso perante o fórum de Diálogo com a Sociedade Civil, que engloba ONGs e que está incorporado na agenda da presidência alemã do G7.

Em segundo lugar, Merkel citou a necessidade de lutar "contra o que origina esses fluxos de imigração", com o objetivo de impedir "que pessoas sigam morrendo de maneira tão cruel, na porta da Europa". Para a chefe do governo alemão, isso tem a ver com a situação política nos países do norte da África e a instabilidade crescente de toda a região, não só a situação da Líbia.

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A chanceler indicou que o assunto está atualmente em mãos dos ministros de Interior e de Relações Exteriores da UE, ao mesmo tempo em que não descartou a convocação de uma cúpula extraordinária de líderes europeus centrada nessa questão.

Merkel abriu assim seu discurso perante dito fórum, onde expressou a intenção de intensificar o diálogo com as ONGs durante a presidência alemã do G7, cujo ponto culminante será a cúpula de seus líderes, no castelo de Elmau (Baviera), em 7 e 8 de junho.

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A chanceler falou ontem por telefone com o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, para conhecer de primeira mão o alcance da tragédia, segundo informou o porta-voz do Executivo de Berlim, Steffen Seibert.

A União Europeia "não pode olhar para outro lado", acrescentou Seibert, após o naufrágio do barco dos imigrantes que afundou com 700 pessoas a bordo.

"Estamos todos de acordo de que é preciso seguir trabalhando nesse assunto", assegurou Seibert, que acrescentou que é "urgente aprovar medidas" e que "é necessária uma resposta europeia".

A julgamento do governo alemão, a ação comunitária deve se concentrar, a curto prazo, em tentar salvar o maior número possível de vidas e evitar novas tragédias no Mediterrâneo.

A médio e longo prazo, acrescentou o porta-voz, a UE deve reforçar sua luta contra as máfias que traficam pessoas e "contribuir" para a estabilização tanto dos países de origem dos imigrantes como dos Estados pelos quais transitam caminho da Europa.

Seibert advertiu, no entanto, sobre a complexidade do problema e as dificuldades para atalhar dramas como o do fim de semana passado a curto prazo. Por sua vez, o ministro alemão de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, advertiu em comunicado que não vai haver "soluções muito rápidas".

"Mas só poderemos resolver o problema a longo prazo quando eliminemos pela raiz as razões para emigrar", acrescentou. Para Steinmeier é necessário também um reforço das equipes de resgate comunitários em alto-mar e uma "discussão sincera" sobre os "critérios de repartição" de refugiados e imigrantes dentro da UE. 

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