A chanceler alemã, Angela Merkel, multiplicou neste domingo os contatos diante da crise da Ucrânia e exigiu de novo que o presidente russo, Vladimir Putin, pressione os separatistas pró-russos para iniciar uma investigação internacional do acidente do avião malaio e iniciar o diálogo com Kiev.
Segundo um comunicado emitido pelo governo alemão, Merkel teve conversas telefônicas com Putin; com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron; com o presidente francês, François Hollande; os primeiros-ministros da Austrália, Tony Abbott; da Holanda, Mark Rutte, e da Finlândia, Alexander Stubb; assim como com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko.
O eixo de todas estas conversas, destacou a chancelaria alemã, foi a "intolerável situação" que o leste da Ucrânia vive desde o acidente do avião de passageiros da Malaysia Airlines, que no último dia 17 caiu com 298 pessoas a bordo após ser atingido por um míssil que teria sido lançado pelos separatistas e pelo "terrível tratamento" que eles estão dando as vítimas.
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"Todos os interlocutores concordaram com a necessidade de se garantir com urgência o acesso sem limitações à região de uma comissão internacional independente", reforçou o governo alemão.
Merkel pediu mais uma vez que o presidente russo exerça sua influência nas milícias separatistas que controlam regiões do leste da Ucrânia.
O objetivo deve ser, explica Berlim, realizar "o mais rápido possível" um encontro direto entre os separatistas e o denominado grupo de contato, composto por representantes da Ucrânia, da Rússia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).