Os protestos convocados por nove grandes sindicatos franceses contra mudanças nas regras trabalhistas dos funcionários públicos reuniram 15 mil pessoas em Paris, segundo a polícia local. Além disso, 17 pessoas já foram detidas na capital por “participação em um grupo violento”.
O governo de Emmanuel Macron tem uma proposta de reduzir a licença-doença dos funcionários públicos, cortar mais de 120 mil postos de trabalho até 2022 e trocar o contrato vitalício, que hoje é padrão desses funcionários, por outros modelos de contratação.
As sugestões de Macron não agradaram os trabalhadores franceses.
No país, mais de 5,7 milhões de pessoas trabalham em escolas, hospitais ou agências do governo que agora ameaçam parar.
Para conter as manifestações, a polícia francesa utilizou canhões de água e gás lacrimogêneo. Em alguns locais, houve embate entre a polícia e os funcionários públicos.
Houve protestos também em Lyon e Marselha. Segundo a polícia 800 pessoas na primeira cidade, enquanto os organizadores alegam que havia 4 mil pessoas.
Já em Marselhas, existem apenas os dados dos organizadores que garantem que 45 mil pessoas estavam nas ruas.
As manifestações ainda não são tão grandes quanto as de março, quando os ferroviários participaram da greve.
Os sindicatos franceses perderam parte do subsídio do governo, o que enfraqueceu seu poder de mobilização.