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Moradores de Pequim recebem ordem para trabalhar de casa em medida de luta contra a Covid

Números de contágio estão caindo na capital chinesa, mas autoridades mantêm estratégia "covid zero"

Internacional|

Policial com equipamento de proteção anda pelas ruas de Xangai nesta quinta-feira (5)
Policial com equipamento de proteção anda pelas ruas de Xangai nesta quinta-feira (5) Policial com equipamento de proteção anda pelas ruas de Xangai nesta quinta-feira (5)

Vários distritos de Pequim pediram aos moradores que trabalhem de casa nesta quinta-feira (5), no primeiro dia útil desde 1º de maio, para evitar a propagação da Covid na capital da China.

Os distritos de Chaoyang, o mais populoso de Pequim, com quase 3,5 milhões de moradores, e Tongzhou solicitaram que os habitantes adotem o teletrabalho após o feriado prolongado no país.

Apesar do número de contágios relativamente pequeno — apenas 50 novos casos registrados em 24 horas —, a capital chinesa segue a estratégia "Covid zero" e adotou várias restrições para conter as infecções.

As autoridades fecharam dezenas de estações de metrô, proibiram comer dentro dos restaurantes e suspenderam as atividades nas academias.

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As restrições provocaram uma queda de 40% — na comparação com o ano passado — da receita nos locais turísticos da cidade nos cinco dias de feriado por ocasião do Dia do Trabalhador.

O gigante asiático enfrenta há algumas semanas um surto de Covid, que tem epicentro em Xangai, cidade que registrou mais de 4.600 novos casos nesta quinta-feira, apesar do longo confinamento aplicado na capital econômica chinesa.

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Quarenta cidades na China estão instituindo confinamento total ou parcial ou medidas de restrição aos deslocamentos. Além disso, metrópoles como Hangzhou e Pequim ordenaram testes em larga escala da população.

Algumas medidas, no entanto, estão sendo flexibilizadas. As autoridades anunciaram na quarta-feira a redução da quarentena para passageiros de voos internacionais de 21 para dez dias em uma instalação do governo e sete dias em casa.

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O porta-voz do governo, Xu Hejian, justificou a mudança pelas características da variante Ômicron, com um período de incubação mais curto e sintomas menos graves.

Na área econômica, a draconiana política de luta contra a Covid fez a China perder "grande parte da atratividade" para várias empresas europeias, afetadas pela ruptura nas cadeias de abastecimento e o freio na atividade econômica, afirma um estudo.

O confinamento em dezenas de cidades chinesas provocou "grandes problemas", afirma um relatório da Câmara de Comércio da União Europeia na China.

"A guerra (na Ucrânia) teve impacto nas empresas europeias presentes na China, mas a Covid-19 representa um desafio muito mais imediato e provocou uma queda considerável na confiança empresarial", acrescenta o estudo, que ouviu mais de 370 membros da câmara no fim de abril.

Quase 25% das pessoas entrevistadas cogitam deslocamento dos investimentos, em curso ou programados, da China para outros mercados, número que dobrou em dois meses.

Quase 60% reduziram as previsões de faturamento para o ano.

A maioria das empresas também registra impacto nas cadeias de suprimentos, com dificuldades na aquisição de matérias-primas e componentes, ou para receber produtos.

"O mercado chinês perdeu muito da sua atratividade para várias pessoas entrevistadas", destaca a câmara de comércio europeia.

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