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Moscou insiste que Kiev deve retirar suas tropas do leste da Ucrânia

Chanceler russo afirmou que qualquer agressão contra pró-russos será respondida

Internacional|Do R7, com EFE e AFP

Tanques com bandeiras russas ocuparam regiões no leste da Ucrânia
Tanques com bandeiras russas ocuparam regiões no leste da Ucrânia Tanques com bandeiras russas ocuparam regiões no leste da Ucrânia

A Rússia reiterou nesta quarta-feira (23) que o governo de Kiev tem que retirar suas tropas do leste da Ucrânia para tentar superar a crise neste país.

"A parte russa volta a insistir na (necessidade) imediata de diminuir a intensidade do conflito (...) no sudeste da Ucrânia, em uma retirada das unidades do exército ucraniano e no início de um verdadeiro diálogo interno no qual participem todas as regiões e formações políticas ucranianas", indicou o Ministério das Relações Exteriores russo.

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"Moscou está muito surpreso pelas interpretações deformadas das autoridades de Kiev, assim como de nossos sócios americanos, do conteúdo da declaração adotada em Genebra no dia 17 de abril", acrescentou.

O acordo de Genebra, assinado no dia 17 de abril por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Ucrânia, prevê o desarmamento dos grupos ilegais e a evacuação dos edifícios públicos ocupados, tanto pelos partidários pró-ocidentais em Kiev quanto pelos separatistas no leste do país.

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Washington e Moscou se acusaram mutuamente de não cumprir com o previsto no acordo.

Ataque contra pró-russos terá resposta imediata

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O Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em entrevista para a emissora local RT, disse que um ataque contra os russos é o mesmo que atacar seu país.

"Se nos atacam, claro que responderemos. Se nossos interesses legítimos, se os interesses dos russos são atacados diretamente, como ocorreu na Ossétia do Sul (Geórgia), não vejo outro caminho que responder conforme o direito internacional", afirmou o chanceler.

Lavrov frisou que "atacar os russos é atacar a Federação da Rússia".

Em agosto de 2008, a Rússia invadiu a região separatista georgiana da Ossétia do Sul, com o argumento de que deveria proteger seus habitantes de origem russa.

Em 21 de março, anexou a região ucraniana da Crimeia, cuja população russófona votou em um referendo pela separação da Ucrânia após se rebelar contra as novas autoridades de Kiev, no poder desde que em 22 de fevereiro o presidente Viktor Yanukovich foi deposto. A rebelião dos ucranianos de origem russa se estendeu para outras zonas do sudeste da Ucrânia, como Donetsk.

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O ministro das Relações Exteriores russo desprezou as acusações ocidentais de que a Rússia acumula forças militares na fronteira da Ucrânia com fins de intimidação. "Nossas tropas se encontram em nosso território. Participaram de exercícios militares, que têm caráter regular desde que (em 2012) Sergei Shoigu liderou o Ministério da Defesa", explicou.

Lavrov lembrou que no ano passado foram realizados exercícios militares na Sibéria e no leste da Rússia, e que depois ocorreram manobras no centro do país, nas proximidades da Ucrânia.

"Acredito que estão sendo planejados novos exercícios no noroeste da Rússia", acrescentou. Segundo o chanceler russo, trata-se de um "processo contínuo, porque o Exército deve estar preparado e se sentir em forma".

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