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Motim em prisão venezuelana deixa 54 mortos

Número de feridos está estimado entre 80 e 90, de acordo com diretor de hospital

Internacional|

Hospital Central de Barquisimeto atendeu os feridos
Hospital Central de Barquisimeto atendeu os feridos Hospital Central de Barquisimeto atendeu os feridos (MISAEL CASTRO / EL INFORMATOR //EFE)

Pelo menos 54 pessoas morreram e outras 80 ficaram feridas em um motim ocorrido na prisão venezuelana de Uribana, no oeste do país, após uma inspeção feita nesta sexta-feira (25) pelas autoridades, disse à Agência Efe o diretor do Hospital Central de Barquisimeto, Ruy Medina. "A informação que temos é que há 54 falecidos", assinalou o médico, antes de indicar que 12 deles morreram no hospital.

Medina explicou que a partir das 11h locais funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) começaram a transferir ao centro médico cerca de 90 detentos com "ferimentos de bala", dos quais 30 seguem hospitalizados. Anteriormente, o diretor do Observatório Venezuelano de Prisões (OVP), Humberto Prado, fornecera à Efe um primeiro balanço de 25 mortos, entre os quais haveria um agente da GNB e um pastor evangélico.

A ministra para o Serviço Penitenciário, Iris Varela, confirmou que houve um motim na prisão durante a inspeção, na qual os líderes dos internos "arremeteram contra os efetivos da GNB". Apesar de ter informado que o confronto deixou um "lamentável saldo de afetados" entre os detentos, a GNB e os trabalhadores do Ministério, a ministra não precisou nenhum número.

"Assim que tivermos o controle absoluto das instalações do centro penitenciário de Uribana, passaremos a precisar as causas do ocorrido e o saldo das pessoas afetadas para oferecer um relatório detalhado, objetivo e veraz", assinalou Varela a jornalistas. Em suas declarações, a ministra culpou como "detonador da violência" a imprensa local e as redes sociais por terem anunciado a revista antes de sua realização, o que teria provocado, "horas depois, um motim no interior do centro penitenciário".

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Segundo Humberto Prado, a revista praticada na manhã desta sexta-feira "se transformou em um enfrentamento" que se prolongou, de acordo com sua versão, de 10h às 13h locais. A penitenciária é uma das "três mais violentas" da Venezuela e abriga atualmente 2.400 presos, mesmo que só tenha capacidade para 850, assegurou Prado.

EFE csc/pa

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