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Myanmar: General diz que golpe foi motivado por fraude eleitoral

Pronunciamento vem após autoridades do locais imporem leis marciais, decretadas por militares, em diversas cidades do país

Internacional|Da EFE

Golpe de estado foi dado no dia 1º de fevereiro de 2021
Golpe de estado foi dado no dia 1º de fevereiro de 2021 Golpe de estado foi dado no dia 1º de fevereiro de 2021

O chefe do Exército de Myanmar, Min Aung Hlaing, justificou nesta segunda-feira (8) o golpe de Estado dado no país em 1º de fevereiro, pelas supostas fraudes que afirma terem acontecido nas eleições gerais de novembro.

Em pronunciamento veiculado na emissora pública de televisão "MRTV", o general lembrou que os pleitos de 2010 e 2015 foram "justos e livres", mas que os do ano passado "estiveram repletos de irregularidades. A alta participação de eleitores, em meio à pandemia da Covid-19, inclusive, foi usada por Hlaing como indício de irregularidade.

Na semana passada, o Exército de Myanmar tomou o poder, após prender parte do governo eleito, incluindo a líder e vencedora do Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, cujo partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND), venceu com folga as eleições de novembro.

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Hoje, o chefe da corporação se dirigiu pela primeira vez ao país depois do levante e pediu que toda a população permaneça "unida" e que mantenham o foco "nos fatos e não nas emoções".

O pronunciamento acontece em meio a uma condenação internacional e protestos em massa em todo Myanmar, justamente, contra o golpe dado pelos militares.

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Após o terceiro dia de manifestações e uma greve geral, que paralisou o Myanmar, as autoridades locais impuseram nesta segunda-feira a lei marcial em várias cidades.

No discurso de hoje, Hlaing garantiu existirem mais de 200 denúncias de fraude referentes às eleições de novembro e prometeu investigar as supostas irregularidades, além de lutar contra a pandemia da Covid-19 e restaurar o crescimento econômico.

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"Enquanto salvamos o país durante um tempo, não mudaremos nenhuma política exterior, administrativa ou econômica. Seguiremos como antes", afirmou o chefe do Exército.

O militar, além disso, se referiu à situação da minoria muçulmana rohingyá, sem mencioná-los diretamente, garantindo que estava trabalhando com as autoridades de Bangladesh para que fossem repatriados "o mais rápido possível".

"Continuaremos os preparativos desde nossa posição sobre os deslocados em Bangladesh, segundo os acordos bilaterais", disso Hlaing, sobre o grupo étnico que não é reconhecido por Myanmar.

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