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Na Austrália, mais da metade dos estudantes universitários diz ter sido vítima de abuso sexual

Mulheres sofrem até três vezes mais que homens com as violações; 30 mil alunos foram ouvidos

Internacional|Do R7

Entre participantes da pesquisa, 51% disse ter sido vítima de abuso sexual, enquanto 7% apontou ter sofrido estupro
Entre participantes da pesquisa, 51% disse ter sido vítima de abuso sexual, enquanto 7% apontou ter sofrido estupro Entre participantes da pesquisa, 51% disse ter sido vítima de abuso sexual, enquanto 7% apontou ter sofrido estupro

Mais da metade dos estudantes universitários na Austrália afirma já ter sido vítima de abuso sexual. Os dados são de um levantamento divulgado pela ONG de direitos humanos Australian Human Rights Commission nesta terça-feira (1º).

A pesquisa ouviu mais de 30 mil alunos de 39 universidades australianas. Entre todos os participantes, 51% disse ter sido vítima de abuso sexual, enquanto 7% apontou ter sofrido estupro. As mulheres sofrem até três vezes mais que os homens com as violações e, na grande maioria das vezes (71% nos casos de abuso e 83% nos casos de estupro), eles foram os agressores.

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O estudo ainda mostra que, no ano de 2016, um em cada cinco casos de abuso ocorreu nas dependências das universidades, enquanto 1,6% dos estupros se deu nas instituições.

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A pesquisa classificou como abuso os olhares ostensivos, insultos de natureza sexual, a exibição de cartazes de natureza sexual, o envio de mensagens sexualmente explícitas e pedidos de sexo ou encontro repetidos mesmo após uma série de rejeições. O estupro, por sua vez, é definido pela lei australiana como o ato sexual (incluindo penetração ou sexo oral) sem consentimento.

De acordo com Kate Jenkins, comissária da ONG para a discriminação sexual, o dado mais preocupante é de que 40% das vítimas de estupro não denunciou os acontecimentos porque não os considerou sérios o suficiente. Em declaração, Jenkis ressaltou que o problema é muito prevalente e pouco reportado nas universidades — e que as instituições precisam fazer mais para combatê-lo.

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Atualmente, há mais de um milhão de alunos nas universidades australianas, sendo 270 mil estrangeiros, segundo a rede de notícias CNN. Entidades estudantis criticaram a postura das instituições: "As universidades ajudaram a cultura do estupro a se espalhar dentro e fora do campus. Os diretores precisam se desculpar por não nos proteger e por permitir que os perpetradores permanecessem impunes", declarou Abby Stapleton, porta-voz do Escritório para Mulheres da União Australiana de Estudantes à CNN.

Em resposta aos resultados da pesquisa, o Ministro da Educação, Simon Birmingham, afirmou que abuso sexual e estupro não devem ocorrer nas universidades australianas, assim como em nenhum lugar da Austrália.

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