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Netanyahu quer delimitar fronteiras das colônias para construir nelas

Internacional|

Jerusalém, 26 mai (EFE).- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, quer retomar o diálogo com os palestinos para demarcar as fronteiras dos grandes blocos de assentamentos no território ocupado da Cisjordânia e continuar construindo, algo que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) rejeita, já que considera uma "anexação" ilegal. De acordo com o jornal "Ha'aretz", Netanyahu conversou na semana passada com a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, sobre essa ideia e explicou que seria preferível conhecer em que partes da Cisjordânia Israel poderia continuar edificando, após reiteradas punições internacionais pela ampliação dos assentamentos. Netanyahu pretende anexar a Israel os grandes blocos de assentamentos, uma medida que também favorece o principal grupo de oposição, o "União Sionista", liderado pelo dirigente trabalhista Isaac Herzog. Estes incluem três grandes colônias: Ariel, no norte da Cisjordânia; Ma'aleh Adumim, ao leste de Jerusalém; e Gush Etzion, um mosaico de assentamentos judaicos entre os distritos cisjordanianos de Belém e Hebron, muitos deles erguidos antes de 1948, ano do estabelecimento do Estado judeu. O jornal de Tel Aviv, que cita fontes oficiais israelenses envolvidas no encontro com Federica, indica que Netanyahu mostrou sua disposição e inclusive vontade de retomar o diálogo de paz, dada a desconfiança da UE sobre seu desejo em relação à questão palestina. Ela insistiu durante sua visita, na qual se reuniu com dirigentes israelenses e palestinos, na necessidade de retomar as negociações para estabelecer um Estado palestino. O primeiro-ministro israelense disse a Federica que segue apoiando uma solução de "dois Estados para dois povos", em uma tentativa de aplacar os temores surgidos durante a campanha eleitoral passada, na qual afirmou que sob seu mandato não se estabeleceria um Estado palestino. Essas declarações, como sua suposta intenção de retomar o diálogo com o objetivo de delimitar quais serão as fronteiras das grandes colônias israelenses na Cisjordânia, já provocaram as críticas palestinas. "Isto é um exercício manipulador de engano político e legal. Todos os assentamentos são ilegais e transgridem a legislação e o consenso internacional. Qualquer esforço de anexá-los ou legalizá-los é uma grosseira tentativa de roubar mais terra palestina e legitimar o sistema continuo israelense de apartheid, roubo de terras e expansão", assinalou em comunicado a membro do Comitê Executivo da OLP, Hanan Ashrawi. Já o dirigente palestino e chefe negociador, Saeb Erekat, disse que se Netanyahu estiver interessado em retomar o processo político, deve cessar a construção em assentamentos. "Ele deve implementar a quarta fase da libertação de presos palestinos presos antes dos Acordos de Oslo, manter negociações com base nas fronteiras de 1967 e, em um determinado período de tempo, acabar com a ocupação", afirmou. EFE db/cdr

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