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Nigéria negocia possível cessar-fogo com Boko Haram, diz governo

Na última quarta feira (21), o grupo islâmico libertou as 100 garotas que haviam sido sequestradas no mês passado

Internacional|

As negociações já duram algum tempo
As negociações já duram algum tempo As negociações já duram algum tempo

O governo da Nigéria está mantendo negociações com o grupo militante islâmico Boko Haram sobre um possível cessar-fogo, com o objetivo final de garantir a cessação permanente das hostilidades, disse o ministro da Informação, Lai Mohammed, no domingo.

É a primeira vez em anos que o governo revela estar negociando um cessar-fogo com o Boko Haram, que matou dezenas de milhares de pessoas e devastou o nordeste de um país que tem a maior economia da África.

O governo do presidente Muhammadu Buhari, no entanto, disse repetidamente que está disposto a manter as conversas com o grupo.

O Boko Haram iniciou suas ações em 2009, com o objetivo de criar um Estado islâmico. A campanha se espalhou para os países vizinhos da Nigéria, como Chade, Camarões e Níger, mas foi severamente enfraquecida nos últimos anos devido à pressão militar regional e perdeu a maior parte do território que já deteve.

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Mais de 2 milhões de pessoas foram deslocadas e o grupo sequestrou outras milhares, incluindo cerca de 270 meninas de uma escola em Chibok, no Estado de Borno, em 2014. O sequestro em massa provocou indignação global e uma campanha para trazer as meninas de volta.

Mohammed fez a declaração em um email à Reuters descrevendo o histórico da libertação pelo grupo de mais de 100 alunas na semana passada após o sequestro em 19 de fevereiro da cidade de Dapchi, no nordeste do país.

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Foi o maior sequestro em massa desde Chibok. Combatentes do Boko Haram chocaram os moradores de Dapchi na quarta-feira quando entraram na cidade e libertaram as meninas. Segundo elas, cinco meninas do grupo morreram em cativeiro e uma não foi libertada.

"Sem o conhecimento de muitos, estamos em negociações de cessação de hostilidades com os insurgentes há algum tempo", disse Mohammed. "Conseguimos conversas mais amplas quando as meninas de Dapchi foram sequestradas."

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"O objetivo final é a cessação permanente das hostilidades", disse ele posteriormente à Reuters por telefone.

Mohammed afirmou que um cessar-fogo de uma semana, a partir de 19 de março, foi aceito para permitir que o grupo entregasse as meninas. Mohammed disse que 111 meninas foram tiradas da escola - uma a mais do que se pensava anteriormente - e seis estão desaparecidas.

A segurança é uma questão em debate diante das eleições em fevereiro do próximo ano. Buhari, um ex-governante militar de 75 anos, visitou nas últimas semanas áreas atingidas por problemas de segurança, mas não disse se buscará a reeleição.

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