Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

No aniversário da morte de Yitzhak Rabin, boicote a Israel é visto como obstáculo para a paz

Para autores de livro, desinformação vinda de movimento deturpa caráter da nação judaica

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Editor diz que é fundamental conhecer os dois lados do conflito
Editor diz que é fundamental conhecer os dois lados do conflito Editor diz que é fundamental conhecer os dois lados do conflito
Yitzhak Rabin continua sendo simbolo da luta pela paz entre Israel e Palestina
Yitzhak Rabin continua sendo simbolo da luta pela paz entre Israel e Palestina Yitzhak Rabin continua sendo simbolo da luta pela paz entre Israel e Palestina

A campanha que o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanção) tem feito contra Israel, desde 2005, fez o país enfrentar um outro tipo de guerra, cujo objetivo é o boicote a produtos israelenses com vistas à desestabilização econômica e ao isolamento.

E neste momento em que o país lembra a morte do ex-primeiro-ministro, Yitzhak Rabin, há exatos 20 anos, assassinado por um extremista judeu, um novo cenário se apresenta no conflito. Em 2014, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu começou a se preocupar com a questão e iniciou uma campanha diplomática para revertê-la.

O país não admite o boicote inclusive a produtos de indústrias localizadas na área do conflito, conforme afirmou a ministra adjunta de Relações Exteriores, Tzipi Hotovely, nesta quarta-feira (3), ao The Jerusalem Post. Ela viajou para convencer países da União Europeia a não utilizarem rótulos nos produtos, o que para ela prejudica a paz na região.

— O Ministério das Relações Exteriores lidera um batalha contra a ideia de rotulagem (de produtos)...Boicotar produtos da Judeia e Samaria (onde ficam os territórios ocupados) é um boicote contra Israel. Nós não vemos qualquer diferença entre a área industrial de Barkan (nos territórios) e a área industrial de Haifa. Eu viajo para mostrar ao mundo o que realmente parece ser, (a realidade de) uma coexistência na região.

Publicidade

Críticas ao boicote

O governo conta com aliados nessa empreitada. Com vistas a rebater as acusações do movimento, que considera a ocupação israelense de territórios na região um crime contra os palestinos, os autores Jed Babbin, editor da revista The American Spectator, e Herbert London, professor emérito da New York University, publicaram o livro A Nova Guerra contra Israel, que acaba de ser lançado no Brasil pela editora Simonsen.

Publicidade

Governo de Israel busca alternativas para conter novo modelo de terrorismo

Turismo em Israel se mantém em alta, apesar de onda de ataques

Publicidade

Ao R7, o editor Rodrigo Simonsen disse que a tática do BDS, que não tem representante no Brasil, é uma das armas mais fortes a atingirem Israel neste momento, por angariarem pessoas para a causa, convencidas na verdade por uma estratégia que passa despercebida. Ele considera fundamental colocar à luz do debate a posição israelense, para que haja melhor discernimento.

— Quem não conhece o outro lado não tem como conhecer a questão por inteiro. Para se entender a totalidade do conflito, é fundamental entender a nova estratégia em que ele está inserido.

Na obra, London e Babbin buscam desconstruir as afirmações do BDS, que tem conseguido obter apoio em países com uma retórica que os autores declaram ser baseada na desinformação, movida, segundo eles, por um antissemitismo (preconceito e ódio aos judeus) disfarçado de antissionismo (oposição ao conceito de Estado Judaico).

— Apesar de se apresentar sob as vestes de uma campanha humanitária, o BDS não passa, na verdade, de uma investida ideológica à existência de Israel enquanto nação judaica.

Contra o apartheid

Eles contestam as acusações feitas pelo movimento de que Israel pratica uma política de apartheid, de racismo e de genocídio. A integração dos árabes à sociedade israelense, podendo votar e concorrer em eleições, é uma realidade, segundo eles. London também destaca o caso de um cidadão negro, etíope, acolhido com sua família por Israel após a chamada Operação Resgate, e que, de acordo com ele, se tornou um devotado oficial do Exército israelense.

— O apartheid sul-africano se baseava na separação racial. Já em Israel encontrei exatamente o oposto, um negro em um país que o acolheu em seu seio e ao qual ele deu seu amor e sua confiança. Ele é o rosto do Israel moderno: orgulhoso, forte, patriota e multirracial.

Terroristas fuzilam terminal de ônibus em Israel; Veja o vídeo do ataque

O livro cita ainda trechos de interpretações bíblicas que condenam o assassinato. Na visão dos autores, Israel em nenhum momento visa anular a existência do povo palestino e sim defender-se do terrorismo e de ataques contra sua população, para se manter um Estado judeu e democrático. Eles lembram uma resolução da ONU (Organização das Nações Unidas), a 181, que estabelece o direito do povo judeu a uma nação judaica. Citam ainda interesses vindos desde os tempos da Guerra Fria, a partir da segunda metade do século 20.

— As raízes ideológicas e intelectuais do movimento BDS remontam a dois fatos históricos. Primeiro, o boicote a Israel que a Liga Árabe mantém desde 1948; segundo, os esforços da União Soviética para provocar o isolamento do Estado judeu e a condenação do sionismo.

Conheça o R7 Play e assista a todos os programas da Record na íntegra!

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.