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Nova missão diplomática começou, diz secretário dos EUA sobre Talibã

Antony Blinken anunciou que a partir de agora conflitos só acontecerão para garantir interesses vitais dos EUA

Internacional|Do R7

Foco do governo será retirar norte-americanos remanescentes no Afeganistão
Foco do governo será retirar norte-americanos remanescentes no Afeganistão Foco do governo será retirar norte-americanos remanescentes no Afeganistão

O secretário de estado dos Estados Unidos Anthony Blinken anunciou nesta segunda-feira (30) o fim da retirada militar dos EUA no Afeganistão e sinalizou que a gestão Joe Biden pode trabalhar com o Talibã para repatriar seus cidadãos e garantir a estabilidade da região. "Um novo capítulo da relação com o Afeganistão começou, um que desejamos liderar com diplomacia. A missão militar acabou. Uma nova missão diplomática começou", afirmou.

Nesta nova missão, contou Blinken, o principal foco dos EUA será retirar norte-americanos e afegãos que desejem sair do país. Os EUA também mudarão sua embaixada da cidade de Cabul, capital do Afeganistão, para Doha, no Catar, por causa da incerteza política local. 

Blinken ainda comemorou a operação que retirou mais de 123 mil cidadãos dos EUA da área. "Acreditamos que ainda haja um número pequeno de norte-americanos, abaixo de 200 e provavelmente próximos de 100, que ainda estão no Afeganistão e querem sair", completou. 

Ele relembrou o compromisso do grupo extremista em permitir a saída de afegãos e outros estrangeiros que estão no país, assim como não colaborar com o braço do Estado Islâmico que organizou um atentando contra soldados dos EUA. 

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"A partir de agora, qualquer conflito com o governo do Talibã em Cabul vai ser motivado por uma única coisa: os nossos interesses nacionais vitais. Se nós pudermos trabalhar com o novo governo afegão de um jeito que pode ajudar esses interesses (...) e de uma forma que traga estabilidade maior ao país e à região - e que proteja os ganhos das últimas décadas - nós vamos fazê-lo."

Blinken, porém, afirmou que a possível nova relação com o grupo extremista será levada aos poucos e que os EUA continua monitorando ameaças terroristas no local. "Não fazemos fazer por confiança ou fé. Cada passo não vai se basear no que o Talibã dirá, mas no que fará para honrar seu compromisso". 

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Na metade de agosto, o Talibã retornou ao poder 20 anos depois de ser derrubado por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos por sua recusa em entregar o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Desde então, o local registrou cenas trágicas de cidadãos morrendo ao tentar sair do país agarrados do lado de fora de aviões e de atentados terroristas. Um destes atingiu diretamente soldados dos EUA, que geraram forte reação do presidente Joe Biden. 

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