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Nova política de segurança japonesa avança e desencadeia protestos pelo país

Internacional|

Por Linda Sieg

TÓQUIO (Reuters) - Uma legislação que muda drasticamente a política de segurança do Japão, podendo permitir o envio de tropas ao exterior pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, foi aprovada por um comitê da câmara baixa do Parlamento japonês nesta quarta-feira, desencadeando grandes protestos da população contra a alteração.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, diz que uma postura defensiva mais enfática, saudada pelo grande aliado Washington, é vital para enfrentar novos desafios, como aqueles impostos por uma China cada vez mais assertiva. Opositores afirmam que as revisões violam o Artigo 9 da Constituição pós-guerra pacifista e que pode envolver o Japão em conflitos liderados pelos Estados Unidos em todo o globo.

Parlamentares da coalizão governista aprovaram o projeto de lei após um debate intenso e tumultuado, durante o qual membros da oposição tentaram impedir a votação, gritando e brandindo cartazes com as palavras “A política de Abe é imperdoável” e “Contra a imposição de leis”.

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A expectativa é de que o projeto seja aprovados nesta semana na câmara baixa, onde o bloco governista tem uma maioria absoluta, antes de seguir para a câmara alta.

Abe enfrenta agora seu maior desafio desde que assumiu o cargo em novembro de 2012, prometendo ressuscitar a economia estagnada do Japão e fortalecer a defesa. Sua taxa de aprovação caiu por causa dos temores dos eleitores com o plano de abandonar a proibição da autodefesa coletiva, ou de defender um país amigo sob ataque, além das dúvidas a respeito de outras políticas que Abe encampou.

Uma multidão de manifestantes –os organizadores falaram em 60 mil pessoas– se reuniu perto do gabinete do premiê na noite de quarta-feira pelo horário local, carregando cartazes e entoando “Desista das leis de guerra”, “Proteja o Artigo 9” e “Abe, renuncie”. As manifestações vêm crescendo e se mostrando mais bem planejadas. A agência de notícias Kyodo relatou ter ocorrido protestos em outras partes do país.

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