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O que aconteceu com os invasores do Capitólio nos Estados Unidos?

Em 2021, milhares de pessoas atacaram a sede da Câmara e do Senado americano para impedir a diplomação de Joe Biden

Internacional|Lucas Ferreira, do R7, com informações da AFP

Policias em frente ao Capitólio dos Estados Unidos, sede da Câmara e do Senado
Policias em frente ao Capitólio dos Estados Unidos, sede da Câmara e do Senado Policias em frente ao Capitólio dos Estados Unidos, sede da Câmara e do Senado

Em 6 de janeiro de 2021, a política dos Estados Unidos sofreu um duro golpe institucional quando milhares de manifestantes invadiram o Capitólio, sede da Câmara dos Representantes e do Senado, em Washington. O objetivo do grupo de apoiadores de Donald Trump era impedir a diplomação do presidente recém-eleito, Joe Biden.

Dois anos após o caso, mais de 950 pessoas foram presas, de acordo com o levantamento do secretário de Justiça dos EUA, Marrick Garland. Destes, mais de 300 já foram a júri sob acusações que variam de “entrada sem autorização” até “perturbação da ordem pública".

Entre os julgados, 192 foram condenados à prisão. Um dos invasores mais conhecidos, que foi apelidado de “Chifrudo do Capitólio”, foi sentenciado a três anos e cinco meses em regime fechado.

O grupo com milhares de invasores era formado, na maioria, por americanos, mas também tinha o apoio de estrangeiros. A brasileira Leticia Vilhena Ferreira foi uma das pessoas detidas pelo FBI, que monitorou conversas da engenheira após ela ter sido identificada pelas imagens das câmeras de segurança do Capitólio.

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Em mensagens interceptadas pelas autoridades, Leticia mostrou arrependimento por ter acompanhado o grupo invasor. "Você acha que eles vão atrás de todas as pessoas que andaram na área do Capitólio?", perguntou, um dia depois do episódio, a outra pessoa, que não foi identificada.

Eu fui tão irresponsável de andar até lá. Eu estava com essa família legal. Este cavalheiro e dois filhos. Caminhada pacífica.

Na última semana, quando o ataque ao Capitólio completou dois anos, Garland afirmou que 350 pessoas ainda eram procuradas pela Justiça dos EUA. Uma recompensa de 500 mil dólares (mais de R$ 2,6 milhões), inclusive, é prometida a quem der informações que levem à prisão de quem plantou uma bomba artesanal perto do Congresso no dia anterior à invasão.

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Trump pode ser indiciado criminalmente pela invasão?

Ex-presidente Donald Trump durante festa de Ano-Novo
Ex-presidente Donald Trump durante festa de Ano-Novo Ex-presidente Donald Trump durante festa de Ano-Novo

Um comitê da Câmara dos Representantes dos EUA, na época formado por uma maioria democrata, investigou as ações de Trump durante todo o episódio no Capitólio.

O grupo sugeriu que o Departamento de Justiça acusasse o ex-presidente por obstrução de processo oficial, conspiração para fraudar o país, declarações falsas ao governo e incitação à insurreição, de acordo com a AFP.

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Ainda segundo o relatório do Comitê, Trump teria passado meses mentindo para apoiadores republicanos e questionando os resultados das urnas, o que culminou com a invasão do Capitólio.

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A ex-procudadora americana Joyce Vance, que analisou o trabalho do Comitê da Câmara dos Representantes, afirmou que os deputados fizeram um trabalho sólido, mas que o inquérito parlamentar pode não ser suficiente para uma condenação na Justiça comum.

“Existe um conjunto de normas federais sobre provas que controlam quais depoimentos um júri pode ouvir”, explicou Vance à AFP. O Departamento de Justiça “deveria avaliar cuidadosamente as provas para determinar se as provas admissíveis de que dispões são suficientes”, completou.

A invasão terminou com centenas de feridos e cinco pessoas mortas, incluindo o policial Brian Sicknick, que trabalhava na segurança do Capitólio. A viúva de Sicknick, Sandra Garza, entrou com uma ação contra Trump, pois acredita que o marido morreu a partir da “consequência direta e previsível” das palavras do ex-presidente.

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