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O único país muçulmano que publicou charges da 'Charlie Hebdo'

A edição histórica do Charlie Hebdo foi lançada em seis idiomas, entre eles árabe e turco

Internacional|Da BBC

Sede do jornal turco 'Cumhuriyet' está sob proteção policial
Sede do jornal turco 'Cumhuriyet' está sob proteção policial Sede do jornal turco 'Cumhuriyet' está sob proteção policial

Mas, enquanto a versão em árabe se restringiu à internet, o diário turco Cumhuriyet, jornal de esquerda e alinhado com políticos da oposição secular, dedicou quatro páginas à nova edição da revista francesa.

Assim, a Turquia tornou-se o único país muçulmano em que foram publicadas as charges da Charlie Hebdo.

O jornal reuniu o que chamou de "seleção especial" de caricaturas, mas deixou de fora a capa da edição francesa que trazia um desenho do profeta Maomé.

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No entanto, dois de seus colunistas, Ceyda Karan e Hikmet Çetinkaya, publicaram a imagem da capa no topo de suas colunas, em um tamanho bem menor do que o original.

O Cumhuriyet informou que a polícia turca realizou uma batida em sua gráfica na noite de terça-feira, mas que a distribuição do jornal foi permitida depois que os policiais tiveram certeza de que nenhuma charge envolvendo Maomé estava na seleção feita pelo diário.

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O jornal diz ter recebido várias ameaças e que seus escritórios foram colocados sob proteção policial.

Os dois colunistas justificaram o uso da capa da Charlie Hebdo com Maomé dizendo ser preciso defender a separação entre religião e Estado e que a liberdade de expressão no país está em declínio sob o atual governo.

A decisão dos colunistas gerou muitas críticas nas redes sociais.

A hashtag #ÜlkemdeCharlieHebdoDağıtılamaz ("não à distribuição da Charlie Hebdo em meu país", numa tradução livre) foi parar entre os dez assuntos mais comentados no Twitter em todo o mundo.

Críticos do jornal questionam se a publicação estaria disposta a "ridicularizar" Kemal Ataturk, o fundador secular da Turquia moderna, que é protegido por uma controversa lei antidifamação, vista por muitos turcos muçulmanos islâmicos como uma forma de censura.

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