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Obama apresenta reforma na imigração dos EUA e acirra disputa com republicanos

Internacional|

Por Steve Holland e Roberta Rampton

WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, impôs a maior reforma na imigração do país em uma geração na noite de quinta-feira, reduzindo a ameaça de deportação para cerca de 4,7 milhões de imigrantes ilegais e criando um confronto com republicanos que prometem combater suas medidas.

Em um discurso na Casa Branca, Obama rejeitou os argumentos dos republicanos de que sua decisão de “passar por cima” do Congresso e tomar uma ação executiva era equivalente a uma anistia para imigrantes ilegais.

Este foi o maior uso de ações executivas pelo presidente, em um ano no qual este foi seu principal método de atuação para driblar o impasse que trava o Congresso. 

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“Anistia é o sistema de imigração que temos hoje, com milhões de pessoas que vivem aqui sem pagar seus impostos ou atuar dentro das regras”, disse ele.

Os republicanos responderam rapidamente, acusando Obama de abusar de seus poderes constitucionais um ano após declarar que ele não tinha a autoridade de agir sozinho. 

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Em um vídeo divulgado antes do discurso televisionado de Obama, o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, disse que “o presidente disse antes não ser 'um rei' nem um 'imperador', mas ele com certeza age como tal."

Com 11 milhões de imigrantes sem documentos nos Estados Unidos, o plano de Obama deixaria que cerca de 4,4 milhões deles que são pais de cidadãos norte-americanos ou de residentes permanentes legais permanecessem no país temporariamente, sem a ameaça de deportação. 

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Estes residentes não documentados podem se candidatar legalmente a empregos nos EUA e participar da sociedade norte-americana, mas não poderão votar ou se qualificar para obter um seguro sob o plano de saúde de Obama. A medida seria implementada para aqueles que estão nos EUA há pelo menos cinco anos.

Outros 270 mil imigrantes também seriam beneficiados com uma expansão de uma medida de 2012, de Obama, que parou de deportar pessoas levadas ilegalmente para os Estados Unidos, como crianças que foram trazidas por seus pais. 

O presidente, falando duas semanas após ele e seus colegas democratas terem saído derrotados das eleições legislativas norte-americanas, parecia confiante e determinado em seu discurso. Do lado de fora, manifestantes pró-imigração assistiam ao anúncio e gritam em apoio ao presidente.

“Sim, nós podemos”, gritavam eles, também cantando o hino nacional norte-americano.

Obama pediu para que os republicanos não tomem medidas contra seu plano que possam levar a uma paralisação do governo, aumentando o espectro de uma crise desejada por alguns conservadores, mas a qual líderes republicanos querem evitar. 

Os republicanos foram culpados pela paralisação sobre gastos do governo há um ano e buscam maneiras de negar o financiamento para as medidas de imigração do presidente sem provocar uma crise orçamentária no final do ano. 

“O Congresso certamente não deve fechar nosso governo de novo apenas porque nós discordamos nisso”, disse Obama. 

Obama disse que tentar deportar todas as 11 milhões de pessoas que moram ilegalmente no país não era uma medida realista. 

O presidente disse que suas ações espelharam os tipos de medidas tomadas por presidentes republicanos e democratas no último meio século. 

“E para aqueles membros do Congresso que questionam minha autoridade de tornar nosso sistema de imigração melhor, ou questionam a sabedoria de eu agir onde o Congresso falhou, eu tenho uma resposta: aprovem um projeto de lei”, disse ele. 

(Reportagem adicional de Dayan Candappa, Susan Cornwell, Richard Cowan, Amanda Becker, em Washington; e Mica Rosenberg, em Nova York)

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