O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou nesta quarta-feira (17) a "minoria" do Senado por bloquear a reforma de armas, em pronunciamento à nação, após a rejeição do Senado à medida sobre a verificação de antecedentes na compra de armas de fogo.
Obama também atacou o lobby das armas, que "mentiu deliberadamente" para o fracasso do projeto de lei.
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A rejeição do projeto marca uma derrota política para o presidente. A proposta "representava moderação e bom senso", disse Obama aos jornalistas, visivelmente irritado, ao lado de vítimas da violência do uso de armas de fogo, como a ex-congressista Gabrielle Giffords e familiares das crianças assassinadas no massacre da escola em Newtown.
"Este foi um dia vergonhoso para Washington", alegou o presidente.
Depois do massacre em uma escola de Newtown (Connecticut, nordeste dos EUA), em dezembro de 2012, Obama aumentou os esforços para aprovar a reforma.
Derrota no Congresso
O Senado dos Estados Unidos rejeitou, nesta quarta-feira, o projeto bipartidário que estenderia a verificação de antecedentes para a compra de armas de fogo, deixando uma enorme brecha na tentativa do presidente Barack Obama de melhorar a segurança de armas no país.
A medida, que exigiria a verificação de antecedentes para a compra de armas em apresentações e em vendas on-line, recebeu 54 a favor e 46 contra, abaixo dos 60 votos necessários para ser aprovada.
Quatro democratas, que representam Estados pró-armas ou que já esperam por uma difícil e apertada reeleição para 2014, apoiaram os republicanos e votaram contra a emenda. O texto previa a verificação de antecedentes na Justiça e psiquiátricos antes da compra de armas on-line e nas lojas especializadas.
Mais votações são esperadas ainda nesta quarta-feira sobre outras medidas ligadas à compra e posse de armas.
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