Obama mantém compromisso de fazer "tudo o que puder" para fechar Guantánamo

Washington, 21 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu que durante os dois anos restantes de mandato fará todo o possível para continuar a pressionar pelo fechamento da prisão de Guantánamo, uma de suas promessas de campanha. "Vou fazer tudo o que puder para fechá-la", disse em entrevista ao programa "State of the Union", da "CNN", gravada na sexta-feira, antes que o presidente entrasse de férias, e transmitida neste domingo. O líder americano considerou que o fato de que continuar aberta com mais de cem presos "é algo que continua a inspirar jihadistas e extremistas de todo o mundo". O fechamento de Guantánamo, uma prisão para acusados de terrorismo situada na base militar dos EUA em território cubano, é uma de suas promessas pendentes da campanha de 2008, para a qual encontrou impedimentos no Congresso, que impediu a transferência dos presos a prisões do país. O governo criou uma comissão para avaliar os casos dos presos e iniciou transferências a outros países. Os mais recentes foram quatro afegãos que retornaram ao país natal e um grupo de seis réus que o Uruguai recebeu como refugiados. "Vamos continuar realocando aqueles que foram aprovados para serem libertados ou transferidos a países que estão dispostos aceitá-los", disse Obama. O presidente americano reconheceu que há casos "realmente difíceis" nos quais sabem que os detidos "ainda são perigosos". No entanto, insistiu na necessidade do fechamento porque "não faz nenhum sentido gastar milhões de dólares por indivíduo quando temos formas de resolver este problema de forma mais condizente com nossos valores". Ainda há 132 prisioneiros no centro de detenção, que foi aberto durante o governo de George W. Bush para interrogar e encarcerar suspeitos de colaborarem com a organização terrorista Al Qaeda após os atentados de 11 de setembro de 2001. EFE elv/vnm