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Obama tacha de ridículos comentários de Trump, Huckabee e Ted Cruz

Internacional|

Adis-Abeba, 27 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou nesta segunda-feira os "ridículos" e "tristes" comentários feitos por pré-candidatos republicanos à Casa Branca como Donald Trump, Mike Huckabee e Ted Cruz, e os considerou parte de uma agenda do partido republicano de recorrer a "ataques degradantes" para conseguir atenção. Durante sua visita à Etiópia, Obama reagiu a um comentário de Huckabee, que disse este domingo que, diante do acordo nuclear com o Irã, o presidente americano pretendia "agarrar os israelenses e basicamente levá-los à porta do forno", em uma alusão aos crematórios usados no Holocausto nazista. "Acredito que os comentários particulares do senhor Huckabee são parte de uma pauta geral, que poderíamos considerar ridícula se não fosse tão triste", disse Obama em entrevista coletiva oferecida junto com o presidente etíope, Hailemariam Desalegn. Obama sugeriu que Huckabee, ex-governador do Arkansas e pré-candidato republicano nas eleições de 2016, poderia estar tentando com suas declarações "empurrar Trump para fora das cabeças", dado o recente crescimento do magnata americano nas pesquisas de intenção de voto. O presidente americano não se referiu diretamente aos comentários de Trump sobre os imigrantes mexicanos, tachados de "estupradores", "narcotraficantes" e "criminosos". No entanto, lamentou que quando Trump criticou em meados deste mês o senador republicano John McCain por ter sido "capturado" e feito prisioneiro de Guerra do Vietnã, "o Partido Republicano se indignou, mas essas mesmas pessoas ficaram caladas" quando o magnata fez "comentários atrozes" sobre o próprio Obama. "Estamos criando uma cultura que não conduz a uma boa política, e o povo americano merece algo melhor. Certamente os debates presidenciais deveriam ser melhores", afirmou. Obama lembrou que em 18 meses, em janeiro de 2017, entregará "as chaves" da Casa Branca para seu sucessor, e quer que seja alguém que "seja sério sobre os problemas sérios que o país e o mundo enfrentam, e isso requer, tanto dos republicanos como dos democratas, um sentido de seriedade, de decoro e de honestidade". O presidente americano lamentou que "um senador na ativa", o republicano Tom Cotton, "chamasse (o secretário de Estado americano) John Kerry de Pôncio Pilatos", e que o senador e pré-candidato republicano Ted Cruz sugerisse que Obama, e não o Irã, "é o principal Estado patrocinador do terrorismo". "Estes são líderes do Partido Republicano", assinalou Obama. "E o que historicamente tornou os Estados Unidos grande, no tocante à política externa, foi um reconhecimento que estes assuntos de guerra e paz são tão sérios, com consequências tão graves, que não podemos jogar com eles assim". Nesse sentido, garantiu que os "ataques pessoais" lançados pelos principais pré-candidatos republicanos sobre o acordo nuclear alcançado este mês com o Irã "não ajudam a informar o povo americano". O governo de Obama está em uma campanha de promoção do acordo nuclear entre o Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha) com o Congresso americano, controlado pela oposição republicana, que tem 60 dias para revisá-lo. EFE or-llb/cd

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