O Iêmen é um dos países com maior atuação da Al Qaeda
AFPUma ofensiva do Exército no sul do Iêmen na terça-feira (29) terminou com a morte de 18 militares e 12 supostos integrantes da Al Qaeda, incluindo brasileiros, de acordo com as autoridades locais.
Ao falar sobre o resultado do ataque, o presidente iemenita, Abd Rabbo Mansur Hadi, afirmou que há corpos de combatentes de várias nacionalidades, como brasileiros, franceses, holandeses, alemães e árabes. Hadi disse ainda que os governos dos países em questão não se interessaram em recuperá-los.
"Quase 70% dos membros da Al Qaeda no Iêmen são estrangeiros", destacou o presidente, durante uma cerimônia de promoção de oficiais na capital Sanaa.
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Segundo um comandante militar, os soldados, com a ajuda de milicianos locais, realizaram uma ofensiva em quatro eixos, nas Províncias de Shabwa e Abyan, onde a Al Qaeda na Península Arábica mantém forte presença.
A operação foi realizada dez dias depois de um ataque aéreo que matou 60 insurgentes. Os confrontos também deixaram dez soldados feridos.
As Províncias de Shabwa e Abyan também foram cenário de ataques contra as forças de segurança. Na primeira, 15 militares morreram em uma emboscada. Já em Abyan, outros três morreram quando o veículo militar em que estavam foi atacado.
Poucas horas depois, uma reunião de "Amigos do Iêmen" foi realizada em Londres para arrecadar fundos destinados ao país árabe.
O presidente iemenita anunciou um reforço nas medidas de segurança para combater eventuais novos ataques da rede extremista.
O ministro da Defesa, Mohamed Naser Ahmed, está no sul do país para supervisionar a ofensiva.
"Existe uma decisão oficial de expulsar a Al Qaeda das Províncias de Shabwa e Abyan", explicou à AFP Husein al Wuhayshi, chefe dos comitês de defesa popular, milícia que participa dos confrontos.
Os insurgentes se refugiaram em localidades montanhosas dessas Províncias depois de o governo tê-las expulsado das maiores cidades de Abyan.
Nos dias 19 e 20 de abril, o Exército lançou uma ofensiva aérea, com apoio de aviões não tripulados americanos, contra campos de treinamento da Al Qaeda, deixando 60 mortos.
Apesar das baixas recentes, o braço da organização no Iêmen é considerado pelos Estados Unidos o mais perigoso e ativo.
Os jihadistas aproveitaram o enfraquecimento do poder central, causado pela saída do presidente Ali Abdullah Saleh em 2011, para reforçar sua presença no país.
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