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OLP nega que palestinos tenham adiado proposta de reconhecimento na ONU

Internacional|

Ramala (Cisjordânia), 24 nov (EFE).- O chefe negociador palestino, Saeb Erekat, negou nesta segunda-feira que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) tenha decidido adiar a apresentação da proposta de reconhecimento do Estado da Palestina no Conselho de Segurança da ONU, e garantiu que a medida está prevista para ocorrer em 29 de novembro. Asrag Jatib, porta-voz de Erekat, disse à Agência Efe que a proposta será levada para o Conselho de Segurança após a reunião extraordinária que a Liga Árabe realizará no Kuwait em 29 de novembro. "As informações sobre o assunto não são corretas. O plano segue seu curso e tudo está previsto para 29 de novembro", dia em que se completaM 67 anos que a ONU votou a favor da partilha da Palestina histórica e da criação de Israel, afirmou. "A ideia continua sendo apresentar a proposta em 29 de novembro, depois da reunião do Kuwait", convocada pela Liga Árabe a pedido dos palestinos, acrescentou. O gabinete de Erekat nega assim declarações do ministro palestino de Relações Exteriores, Riad al-Maliki, que afirmou que os palestinos iriam adiar a apresentação da iniciativa pois o Conselho de Segurança estava priorizando a negociação nuclear com o Irã. Em entrevista divulgada nesta segunda-feira pela agência de notícias local "Maan", o chefe da diplomacia palestina revelou que a diplomacia palestina não conseguiu até o momento angariar os nove votos que necessita no Conselho de Segurança da ONU e que o veto dos Estados Unidos é ainda uma ameaça. "Mas isso não significa que os palestinos retiraremos a proposta, apenas que se procura o momento mais adequado", afirmou o ministro. "Infelizmente, a questão iraniana está agora na parte superior da agenda internacional, e não a questão palestina", lamentou. Maliki ressaltou, no entanto, que a decisão de seguir adiante com esta estratégia diplomática se mantém de pé e que a proposta será apresentada mesmo sem os nove votos no Conselho de Segurança. A intenção dos palestinos continua sendo comparecer em outros organismos internacionais e aderir a outros acordos -como a convenção de Roma e o Tribunal de Haia- se a proposta não avançar no Conselho de Segurança. Fontes palestinas afirmaram à Efe, além disso, que se a via diplomática se fechar, a ANP está disposta a romper com Israel. "Continuamos com os contatos para resolver a questão dos nove votos, mas não vamos esperar tempo demais antes de pôr o projeto sobre a mesa da votação no Conselho de Segurança, embora saibamos que o resultado será um fracasso", ponderou Maliki. Maliki elogiou a decisão do governo sueco de reconhecer o Estado palestino e as decisões favoráveis sobre o assunto em votações realizadas nos parlamentos do Reino Unido e da Espanha e no senado da Irlanda, e disse que a intenção da diplomacia palestina é trabalhar mais neste caminho. Ontem, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, voltou a criticar a votação que será realizada nesta semana na Assembleia Francesa, que provavelmente também pedirá ao Executivo que reconheça o Estado palestino. EFE jm-nm/dk

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