Uma onda de ataques no Afeganistão deixou mais de 25 pessoas mortas neste sábado (24), a maioria deles soldados, disseram autoridades.
No pior incidente, militantes do Talibã invadiram um posto do exército na província ocidental de Farah, matando 22 soldados.
As armas foram apreendidas e o exército afegão disse que os talibãs sofreram "muitas perdas".
Houve mais ataques suicidas na província de Helmand, no sul, que mataram mais dois soldados.
Em Cabul, um homem-bomba suicida detonou explosivos em uma área cheia de edifícios diplomáticos importantes, deixando pelo menos três agentes de segurança mortos.
"Eu estava dirigindo nas proximidades quando eu ouvi uma grande explosão, as janelas do meu carro foram esmagadas. Eu vi vários feridos na rua perto de mim", disse uma testemunha ao canal afegão Tolonews TV.
Centenas de mortos este ano
Houve um aumento nos ataques nos últimos meses, com o exército sendo frequentemente o alvo principal. Alguns analistas veem esses ataques como uma resposta à mais recente e agressiva estratégia anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, com foco em “matar terroristas”.
O exército afegão e as forças da coalizão lideradas pelos EUA continuam a combater os talibãs no controle de áreas do país, mas a situação de segurança tem se deteriorado.
Em 21 de janeiro, o Talibã orquestrou um assédio sangrento no Hotel Intercontinental de Cabul que deixou pelo menos 20 mortos.
Poucos dias depois, no dia 24 de janeiro, mais três pessoas foram mortas no escritório da Save the Children, na cidade de Jalalabad.
Em 27 de janeiro, um atacante do Talibã dirigiu uma ambulância cheia de explosivos no coração de Cabul matando pelo menos 103 pessoas e ferindo 235. Um dia depois, pelo menos 11 soldados morreram quando homens armados atacaram uma academia militar, também em Cabul.
(Com informações da Al Jazeera e da BBC)