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ONU deve enviar missão para intermediar conflito entre Guiana e Venezuela

Internacional|

Bridgetown, 3 jul (EFE).- O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta sexta-feira ao presidente da Guiana, David Granger, que enviará uma missão ao país para tentar intermediar no conflito territorial com a Venezuela. "Ban disse estar disposto a nomear uma missão para ir à Guiana. Dissemos que a controvérsia foi além e contaminou todo o Caribe Oriental, se 'regionalizou'", disse Granger na saída da reunião bilateral que ambos tiveram na cúpula da Comunidade do Caribe (Caricom) em Barbados. Na reunião, Granger continuou com a estratégia de tentar chamar a atenção da comunidade internacional sobre um conflito que, na sua opinião, não afeta só esses dois países, mas representa uma ameaça para outros países do Caribe oriental. Em entrevista coletiva posterior, Ban disse que a ONU estava disposta a utilizar seus bons ofícios para ajudar a encontrar uma solução ao assunto. O líder da Guiana espera que Ban ajude a diminuir a "crescente" tensão de seu país com a Venezuela, que se nega a reconhecer as fronteiras estabelecidas por um laudo arbitral assinado há mais de um século sobre as águas de ambos os países e que estabelece como território guianense a região do Essequibo, muito rica em petróleo. Em maio, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - que era esperado na cúpula da Caricom -, assinou um decreto no qual garantia a adjudicação dessa região. Granger também fez outras reuniões bilaterais hoje com vários líderes do Caribe sobre o tema, enquanto pelo menos dois primeiros-ministros da região (Roosevelt Skerrit, de Dominica, e Ralph Gonsalves, de São Vicente e Granadinas) se reuniram com o vice-presidente da Venezuela, Jorge Arreaza. Na saída do encontro, Gonsalves disse à imprensa que a situação "é muito grave", enquanto Skerrit reconheceu que chegar a um acordo vai a ser uma tarefa complicada. A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, manifestou apoio ao governo da Guiana, ao contrário do que fizeram outros líderes regionais, que em muitos casos têm acordos com a Venezuela para receber petróleo a preços vantajosos. Persad-Bissessar e Granger também se reuniram nesta sexta-feira. Granjer disse que demonstrou "seu pleno apoio" à Guiana em relação à decisão "unilateral" de Maduro. "Trinidad e Tobago apoia plenamente a Guiana em relação ao conflito da fronteira. Sempre apoiamos a Guiana na disputa de fronteira e vamos continuar fazendo o mesmo" disse a governante. Persad-Bissessar completou dizendo que "pode haver espaço para o diálogo", por isso se ofereceu a "conversar tanto com a Venezuela como com a Guiana com esse objetivo". EFE es-mgl/vnm

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