Organismo da ONU diz que mais de 15 mil colombianos retornaram da Venezuela

Bogotá, 4 set (EFE).- Mais de 15 mil colombianos retornaram por conta própria ao país procedentes da Venezuela desde que começou a crise financeira, informou nesta sexta-feira o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha). Segundo o organismo humanitário, são 15.174 os colombianos que abandonaram a Venezuela, que se somam aos pelo menos 1.355 deportados. Ou seja, pelo menos 16.529 tiveram que sair do país vizinho desde que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ordenou uma campanha contra o contrabando e supostos paramilitares na fronteira comum. A maior parte dos deportados, 1.097, chegou a Cúcuta, capital do departamento colombiano do Norte de Santander e limítrofe com San Cristóbal, no estado venezuelano do Táchira, cuja passagem fronteiriça permanece fechada há 15 dias por ordem de Maduro. Os outros foram deportados através das fronteiras de Camponesa, que faz limite com o estado venezuelano de Zulia, e por Arauca, fronteiriço com Apresse, segundo os dados da Ocha. Em Arauca há pelo menos 63 deportados e 361 pessoas que retornaram , enquanto em La Guajira há 172 colombianos deportados. O organismo internacional assinalou que dos colombianos que chegaram ao Norte de Santander, onde se concentra o drama humanitário, 3.429 pessoas se encontram localizadas em 20 lugares de albergue, entre formalizados e improvisados, e em hotéis em Cúcuta e a vizinha cidade de Villa del Rosário. A Ocha acrescentou que com o apoio da Organização Internacional de Migrações (OIM), 597 pessoas "voltaram para suas cidades de origem na Colômbia". Segundo a Ocha, entre os deportados e retornados ao Norte de Santander, foram identificados pelo menos 144 casos de pessoas sob proteção internacional, e em Arauca há outros 10 casos em condições similares cujas características não foram detalhadas pelo organismo humanitário. EFE joc/ff