A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) "rastreou" a trajetória de voo do drone que caiu esta semana na capital da Croácia, Zagreb, devido à guerra na Ucrânia, disseram fontes da Aliança à Agência Efe neste sábado (12).
"A defesa aérea e antimísseis integrada da Otan rastreou a trajetória de voo de um objeto que posteriormente caiu em Zagreb. As autoridades croatas anunciaram que estão investigando este incidente", disseram as fontes aliadas.
No Twitter, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que discutiu o incidente com o primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic. "Concordamos em permanecer em contato próximo e trabalhar juntos para determinar os fatos", acrescentou Stoltenberg na rede social.
Plenkovic pediu hoje à Otan uma melhor coordenação da defesa aérea para evitar incidentes como o que ocorreu esta semana, quando um drone caiu em Zagreb sem ser interceptado.
A aeronave não tripulada caiu após sobrevoar Romênia, Hungria e Croácia, três países da Otan, sem encontrar obstáculos ou despertar qualquer tipo de reação, o que é uma indicação de que houve falhas, segundo o primeiro-ministro.
"Este incidente revela a necessidade de uma maior cooperação dentro da Otan. A possibilidade de algo como isto acontecer não deveria ser permitida e não deveria voltar a acontecer", disse hoje o premiê croata, ao percorrer a cratera de três metros de profundidade causada pelo artefato em Zagreb.
Ele explicou que enviou cartas aos líderes da União Europeia e da Otan pedindo uma maior vigilância e coordenação, para que dispositivos desconhecidos não possam sobrevoar países da Otan ou chegar inadvertidamente a cidades europeias.
O primeiro-ministro croata confirmou que o dispositivo que explodiu em Zagreb era um drone Tupolev 141 Strizh de fabricação soviética.
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O drone pesava seis toneladas e meia e tinha 14 metros de comprimento e foi lançado da Ucrânia para sobrevoar brevemente a Romênia, Hungria por cerca de 45 minutos e Croácia por 7 minutos, antes de cair em um parque de Zagreb.
Não se sabe quem o lançou, pois tanto a Rússia quanto a Ucrânia negam que seja deles.
Plenkovic advertiu que a 50 metros do local da queda há um edifício de alojamento universitário, uma casa noturna e restaurantes, por isso foi questão de sorte não haver vítimas.
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