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Otan se reúne sobre Ucrânia, diz que Rússia arrisca desestabilizar Europa

Internacional|

BRUXELAS, 2 Mar (Reuters) - O secretário-geral da Otan alertou Moscou neste domingo que a Rússia está ameaçando a paz na Europa com a tomada da Crimeia e deve reduzir a escalada das tensões, mas diplomatas disseram que a aliança militar do ocidente não deve tomar medidas importantes para conter os avanços do governo de Vladimir Putin.

Falando momentos antes de presidir uma reunião de emergência de embaixadores da Otan, Anders Fogh Rasmussen alertou que as ações da Rússia na Ucrânia podem desestabilizar o continente.

"O que a Rússia está fazendo agora na Ucrânia viola os princípios da carta das Nações Unidas", disse Rasmussen a jornalistas antes da reunião do Conselho do Atlântico Norte, formada por representantes permanentes da aliança militar de 28 nações.

"Ela ameaça a paz e a segurança na Europa. A Rússia precisa parar suas atividades militares e suas ameaças."

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Apesar das palavras fortes, diplomatas afirmam que não esperam que a Otan concorde sobre medidas significativas para pressionar a Rússia diante das dificuldades do Ocidente em emitir uma resposta imediata que não arrisque levar a região para mais perto de um conflito militar.

A crise representa o momento de maior tensão entre a Rússia e o Ocidente desde o colapso da União Soviética em 1991, um evento que o presidente russo, Vladimir Putin, tem descrito como a catástrofe geopolítica do século 20.

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"Não espere grandes decisões", disse um embaixador da Otan.

Outro diplomata da aliança militar acrescentou: "Eu creio que devemos ter cuidado em dar aos russos qualquer coisa que possa elevar o sentimento pró-Rússia na Crimeia."

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Apesar de uma ligação de 90 minutos entre o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e Putin, no sábado, e outras ligações ao Kremlin por parte de líderes europeus, a Rússia não mostra sinais de recuar de sua ocupação da Crimeia e presença no leste da Ucrânia.

Moscou afirma que está somente protegendo as vidas de cidadãos que falam russo e parece estar calculando que o Ocidente não arriscará uma crise maior que pode ser gerada por uma opção militar contra as atividades de Moscou.

Apesar da Ucrânia ser associada à Otan, o país não é um membro pleno e por isso não pode invocar a ferramenta diplomática mais poderosa da aliança, conhecida como Artigo 5 e que estabelece que qualquer ataque contra um membro é um ataque contra todos.

(Por Luke Baker e Justyna Pawlak)

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