Diversas manifestações foram pacíficas, apesar dos confrontos com a polícia
ReutersPelo menos 45 pessoas foram presas nesta madrugada na cidade americana de Ferguson durante a segunda noite de protestos pela decisão de um júri de não acusar o policial branco que matou a tiros o jovem negro Michael Brown, que estava desarmado, informou nesta quarta-feira (26) a polícia.
Além disso, as forças de segurança apreenderam duas armas e um coquetel molotov, segundo o chefe de polícia do condado de Saint Louis, Jon Belmer.
Segundo a Agência Efe constatou, a noite passada foi mais tranquila do que a de segunda-feira na avenida South Florissant, epicentro dos protestos desde seu ínicio, em agosto, quando o policial Darren Wilson matou Brown.
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Nesta rua fica localizado o Departamento de Polícia de Ferguson, ponto de concentração dos manifestantes na cidade. Fergunson fica nas imediações de Saint Louis, a maior cidade do estado do Missouri.
A forte presença da Guarda Nacional, força militar de reserva que enviou dois mil agentes para a cidade, impediu a repetição dos graves distúrbios de segunda-feira, quando houve registros de saques, mais de oitenta pessoas foram detidas, estabelecimentos queimados e tiros disparados para o ar.
Os distúrbios ocorreram em protesto pela decisão do júri de não acusar Wilson pela morte de Brown. O policial matou o jovem a tiros em 9 de agosto após o jovem roubar cigarros em uma loja.
Ontem, quando também ocorreram protestos em 170 cidades de todo os Estados Unidos, a situação foi de mais tranquilidade em Ferguson, "Tivemos uma noite muito melhor", afirmou hoje o capitão de Patrulha de Estradas do Missouri, Ronald S. Johnson, ao jornal St Louis Post Dispatch.
"Não acho que ninguém pensou que seria dessa magnitude", acrescentou Johnson. Apesar disso, os manifestantes protagonizaram atos isolados de vandalismo, como o ataque a uma viatura da polícia, que foi depredada e virada perto da prefeitura, que segundo o jornal teve várias janelas quebradas.
A morte de Brown, de 18 anos, provocou em agosto passado uma onda de protestos e distúrbios e reabriu o debate sobre o uso da força excessiva e a discriminação racial por parte da polícia. O agente Darren Wilson disse ontem em entrevista para a emissora ABC que lamenta o fato, mas tem a "consciência tranquila".
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