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Peritos investigam acessos a computador e celular de Nisman após sua morte

Internacional|

Buenos Aires, 2 jun (EFE).- A investigação sobre a morte do promotor argentino Alberto Nisman centra a atenção de peritos em tecnologia com o objetivo de esclarecer se houve acessos a seus computador portátil e telefone celular depois da hora estimada da morte, informaram nesta terça-feira os meios de comunicação locais. Nisman, que investigou durante dez anos o atentado contra uma entidade judia perpetrado em 1994 em Buenos Aires, apareceu morto, com um tiro na cabeça, em 18 de janeiro, quatro dias após denunciar a presidente Cristina Kirchner, por encobrimento dos suspeitos iranianos do ataque terrorista. Após a conclusão da junta médica para analisar os detalhes legistas, a promotora encarregada da causa, Viviana Fein, espera o resultado do relatório tecnológico para avançar no caso, que após mais de quatro meses não conseguiu definir se foi um suicídio, suicídio induzido ou assassinato, em meio a fortes críticas por irregularidades e erros judiciais. Segundo fontes ligadas ao caso consultadas pelo jornal "La Nación", o computador de Nisman registrou uma acesso na noite do dia 18 de janeiro, 12 horas depois do momento estimado da morte do promotor e horas antes de encontrarem o corpo com um tiro na têmpora, em sua casa de Buenos Aires. Nesse acesso foram introduzidos três pen-drives e houve alterações nos documentos, fato já confirmado por Fein em declarações à impresa, que no entanto recalca que é preciso esperar para saber se esses registros foram locais ou se foram manipulações. Além disso, segundo os dados revelados pelo jornal em questão, no começo da manhã do dia de sua morte, Nisman entrou na internet, viu os sites de três jornais, revisou seu e-mail e buscou no Google a palavra "psicodelia". Por outro lado, segundo fontes consultadas pelo jornal "Clarín", os avanços preliminares da análise tecnológica mostram, além disso, que houve dez entradas remotas ao computador de Nisman para apagar informações e mudar o horário e a data do aparelho, embora esteja sendo investigado quando ocorreram os acessos e daí conteúdo que foi eliminado. Além disso, o telefone do promotor tinha um vírus tipo "Cavalo de Troia (vírus)", segundo as fontes, e do terminal foram apagadas mensagens de texto, conversas de "whatsapp" e chamadas. O relatório das perícias tecnológicas ainda não tem data de entrega, enquanto a investigação oficial volta a estar no olho do furacão depois que no domingo um programa televisivo mostrou um vídeo oficial da polícia no qual é possível ver os peritos manipulando as provas da cena. Nas imagens, é possível ver um perito retirar com uma luva parte do sangue presente na arma achada junto ao corpo de Nisman e depois manipular o carregador e as balas com os mesmas luvas manchados. Além disso, ficou registrado que o perito recebeu instrução da promotora Fein para limpar o sangue com papel higiênico para descobrir o número de identificação do arma. Transcorridos mais de quatro meses, a investigação por sua morte permanece estagnada e há fortes divergências entre a investigação oficial e a encarregada pela ex-mulher de Nisman e querelante na causa, Sandra Arroyo Salgado. Arroyo Salgado afirma que seu ex-marido foi assassinado, mas a promotora Fein mantém aberta a porta para um possível suicídio, ao afirmar que não existem provas conclusivas para descartá-lo. A Justiça argentina arquivou a denúncia de Nisman contra Cristina Kirchner por "inexistência do crime". EFE ngp/ff

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