Peru envia comissão à Bolívia e pede que Interpol reitere captura de Belaúnde

Lima, 24 mai (EFE).- O governo peruano enviará amanhã uma comissão à Bolívia para saber mais detalhes sobre a fuga na madrugada deste domingo do empresário Martín Belaúnde Lossio, e pedirá à Interpol que reitere a ordem internacional de captura do ex-assessor de campanha do presidente Ollanta Humala, anunciou a chanceler Ana María Sánchez. Em entrevista coletiva, a ministra anunciou a formação de uma comissão integrada pelo procurador do Estado, o chefe da Interpol e o chefe do escritório de cooperação judicial da Chancelaria para que viajem para a Bolívia para conversar com as autoridades bolivianas e saber das ações tomadas para a localização e detenção de Belaúnde. "O governo do Peru lamenta profundamente a fuga de Martín Belaúnde Lossio de seu lugar de detenção em La Paz e expressa sua confiança que as autoridades bolivianas esgotarão todas as ações para sua captura", acrescentou a chanceler. Belaúnde é um empresário peruano processado por corrupção em seu país e que estava sob prisão domiciliar em La Paz, à espera do processo de extradição ao Peru. Sánchez lembrou que a Bolívia declarou o pedido de extradição solicitado pelo governo peruano procedente e ordenou que Belaúnde permanecesse em prisão domiciliar até sua entrega às autoridades do Peru. "O Peru estava à espera da notificação oficial da extradição, mas hoje as autoridades da Bolívia deram conta da fuga de Belaúnde", declarou. O ministro da Justiça, Gustavo Adrianzén, declarou, na mesma entrevista coletiva, que seu país sempre solicitou a detenção de Belaúnde em um estabelecimento penitenciário, mas que a justiça boliviana determinou sua detenção na casa de familiares do acusado. "O governo do Peru reconhece os esforços do Estado Plurinacional da Bolívia pelas ações dispostas e manifesta sua vontade de cooperar em tudo aquilo que as autoridades bolivianas acharem conveniente", acrescentou a chanceler. EFE mmr/cd (foto)