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Polícia dispersa novos protestos contra lei de cidadania da Índia

Lei que facilita a nacionalização de imigrantes de países vizinhos discrimina muçulmanos, que estão na mira do partido conservador do primeiro-ministro

Internacional|

Polícia disparou gás lacrimogêneo para dispersar protesto em Nova Délhi
Polícia disparou gás lacrimogêneo para dispersar protesto em Nova Délhi Polícia disparou gás lacrimogêneo para dispersar protesto em Nova Délhi

Confrontos entre milhares de manifestantes e a polícia irromperam em Nova Délhi, capital da Índia, nesta terça-feira (17), na mais recente onda de violência durante protestos contra uma lei que facilita a nacionalização de não muçulmanos vindos de países vizinhos.

O governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, alega que a nova lei protege minorias religiosas, como hindus e cristãos, de perseguições em Bangladesh, Paquistão e Afeganistão ao oferecer um caminho em direção à cidadania indiana

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No entanto, a lei não se aplica aos muçulmanos, o que críticos dizem enfraquecer as fundações seculares da Índia.

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Gás lacrimogêneo

A polícia disparou gás lacrimogêneo na região de New Seelampur para afastar os manifestantes, que se escondiam atrás de barricadas e atiravam pedras. Ao menos dois policiais ficaram feridos, disse uma testemunha da Reuters.

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"Começou como um protesto pacífico contra a lei da cidadania... mas saiu do controle", disse o morador Azib Aman.

Carros foram danificados e estradas ficaram cobertas por pedras enquanto pequenos incêndios nas vias lançavam fumaça no ar. Pequenos grupos de jovens, alguns com seus rostos cobertos, atiravam pedras e garrafas.

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Muçulmanos são 14% da população indiana

Há crescentes preocupações em torno das medidas do governo, liderado pelo partido hindu-nacionalista de Modi, em relação aos 172 milhões de muçulmanos na Índia, que representam cerca de 14% da população.

A lei da cidadania segue a revogação do status especial da Caxemira, região de maioria muçulmana, e uma decisão judicial favorável à construção de um templo hindu no local de uma mesquita destruída por entusiastas do hinduísmo.

O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, disse que as ações da Índia sobre a Caxemira e a lei da cidadania podem afastar os muçulmanos da Índia, levando a uma crise de refugiados.

"Estamos preocupados que não haja apenas uma crise de refugiados, estamos preocupados que isso possa conduzir a um conflito entre dois países detentores de armas nucleares", afirmou Khan a um fórum global sobre refugiados em Genebra.

Modi disse em um comício para uma eleição estadual nesta terça-feira que seus rivais políticos estão tentando enganar estudantes e outros para provocar protestos.

"Isso é política de guerrilha, eles deveriam parar de fazer isso."

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