O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, fez um apelo nesta segunda-feira (19) para que todos os esforços se concentrem agora em combater o incêndio que castiga o centro do país. Ele pediu que deixem para mais adiante a investigação das causas e possíveis responsabilidades.
"Vamos enfrentar o que temos, o combate é difícil", disse o presidente no Centro de Controle instalado em Avelar, perto de Pedrógão Grande, onde no sábado (17) teve início o incêndio, que já deixou 62 mortos e 62 feridos e que continua ativo.
Grupo sobrevive a incêndio em Portugal ao se esconder em caixa d'água
A situação agora é crucial, com "desafios imediatos" aos quais é preciso dar respostas, afirmou o presidente. "Depois, teremos todo o tempo do mundo" para falar de causas, de reflexões, de análise, discutir as condições meteorológicas, da natureza e de tudo o que faz falta".
Rebelo de Sousa visitou vários comandos, organizados por setores, que desde hoje operam em Avelar com uma estrutura mais sólida que a do primeiro posto de emergência estabelecido em Pedrógão Grande.
Ainda que não tenha sido encerrada a primeira fase da tragédia, a do combate, o presidente explicou que já foi aberta uma segunda, "a de acolhimento, de reinserção comunitária" dos afetados que ficaram sem lar ou que perderam seus familiares na tragédia.
'As chamas vieram com tudo': O homem que escapou por pouco do mortal incêndio em Portugal