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Presidente do Chade morreu após se ferir em ataque, dizem militares

Segundo fontes militares, presidente e exército combateram grupo de insurgentes que avançaram pela capital do país

Internacional|Da AFP

Presidente do Chade morre após ser ferido na linha de frente de batalha
Presidente do Chade morre após ser ferido na linha de frente de batalha Presidente do Chade morre após ser ferido na linha de frente de batalha

O presidente do Chade, Idriss Déby Itno, que estava no poder há 30 anos, morreu nesta terça-feira (20) em consequência dos ferimentos que sofreu durante uma operação militar contra os rebeldes no norte do país, anunciou o exército, que prometeu organizar eleições livres após um período de transição de 18 meses.

"O presidente da República, chefe de Estado e comandante das Forças Armadas, Idriss Déby Itno, acaba de dar o último suspiro, defendendo a integridade territorial no campo de batalha. Com grande amargura anunciamos ao povo chadiano sua morte, em 20 de abril de 2021", afirmou o general Azem Bermandoa Agouna ao ler um comunicado na televisão pública.

Deby, de 68 anos, militar de carreira, chegou ao poder em 1990, após um golpe de Estado e acabara de ser reeleito para um novo mandato de seis anos, com quase 80% dos votos, segundo os resultados parciais publicados na segunda-feira à noite.

Um de seus filhos, Mahamat Idriss Déby Itno, de 37 anos e comandante da guarda presidencial, vai comandar o conselho militar responsável por substituir o presidente, de acordo com um comunicado militar.

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Mais tarde, o exército prometeu eleições "livres e democráticas" ao final de um período de transição de 18 meses.

O Conselho Militar de Transição, presidido pelo general Mahamat Idriss Déby, "garante a independência nacional, a integridade territorial, a unidade nacional, o respeito dos tratados e acordos internacionais e garante a transição durante um período de 18 meses", anunciou o porta-voz do exército.

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"Uma vez finalizado período de transição, novas instituições republicanas serão instauradas para organizar eleições livres, democráticas e transparentes", completou.

A Assembleia Nacional e o governo foram dissolvidos, as fronteiras fechadas e um toque de recolher foi instaurado.

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Mais de 300 rebeldes mortos

Ministros e oficiais de alta patente haviam informado que o chefe de Estado compareceu no sábado e domingo à frente de batalha, onde o Exército enfrentava os rebeldes, que iniciaram uma ofensiva a partir de sua retaguarda na Líbia no dia das eleições, em 11 de abril.

Os rebeldes anunciaram na segunda-feira em um comunicado que Déby havia sido ferido, mas a informação não tinha sido confirmada oficialmente.

Na segunda, o Exército do Chade afirmou que matou mais de 300 rebeldes, envolvidos em uma incursão no norte, e que cinco militares faleceram em combate. O governo afirmou que a situação estava sob controle.

Mas na manhã de segunda-feira foram mobilizados tanques nas principais avenidas da capital, N'Djamena, o que provocou cenas de pânico em alguns bairros. Horas depois os veículos foram retirados.

O grupo rebelde Frente pela Alternância e a Concórdia no Chade (FACT) anunciou no domingo em um comunicado que "liberou a região de Kanem", norte do país, cenário dos combates de sábado.

Também afirmaram que 36 soldados ficaram feridos e que 150 rebeldes foram capturados, "incluindo três comandantes".

Déby, recentemente promovido a marechal, concentrou a campanha eleitoral na "paz e segurança" no país, alegando que seu governo melhorou a situação. 

Mas o Chade integra uma região conturbada. Entre a Líbia, Sudão e República Centro-Africana, entre outros, é um ator de peso na guerra contra os extremistas do Sahel, para a qual contribui com tropas e armamento.

Em fevereiro de 2019, rebeldes chadianos que entraram no país a partir da Líbia com a intenção de derrubar Déby, foram contidos por tropas francesas. Em fevereiro de 2008, um ataque rebelde chegou às portas do palácio presidencial, mas foi impedido na última hora.

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