O Exército russo tem como alvo áreas civis, denunciou o presidente ucraniano Volodmir Zelenski, elogiando o "heroísmo" de seus concidadãos diante da invasão russa e assegurando que suas tropas estão fazendo "todo o possível" para defender o país.
"Eles [os russos] disseram que os civis não foram alvejados, mas é outra mentira deles (...) Hoje à noite, começaram a bombardear bairros civis. Isso nos lembra [a ofensiva nazista de] 1941", disse o presidente em um vídeo transmitido nas redes sociais.
Duas fortes explosões ressoaram nesta sexta-feira (25) no centro de Kiev, segundo um jornalista da AFP. O Exército ucraniano relatou o "disparo de mísseis" na capital e a destruição de dois deles por sistemas de defesa.
O prefeito de Kiev, Vitali Klichkó, afirmou que três pessoas ficaram feridas, uma delas gravemente, em um bairro residencial no sudeste da capital.
"Os ucranianos mostraram heroísmo", disse Zelensky. Lançando sua invasão na quinta-feira (24), os russos "acharam que nossas forças estavam cansadas, mas não estamos cansados", disse ele.
"Todas as forças estão fazendo o seu melhor" para defender a Ucrânia, declarou.
Zelenski também disse que Moscou deverá dialogar com a Ucrânia em algum momento se quiser acabar com os combates. "A Rússia terá que falar conosco, mais cedo ou mais tarde, sobre como podemos acabar com os combates e parar a invasão. Quanto mais cedo essa conversa acontecer, menores serão as perdas, mesmo para a Rússia", afirmou o presidente.
E, dirigindo-se aos russos que protestaram contra a guerra nesta quinta-feira (24), centenas deles presos, disse: "Nós vemos vocês, isso significa que vocês nos ouviram e acreditaram em nós. Lutem por nós, lutem contra a guerra".
A invasão russa começou nesta quinta-feira, após o reconhecimento de Vladimir Putin da independência dos territórios rebeldes separatistas no leste da Ucrânia.
