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Protesto contra pena de morte a islâmico deixa 15 mortos em Bangladesh

Internacional|

Por Anis Ahmed

DACA, 28 Fev (Reuters) - Um tribunal de Bangladesh condenou à morte um líder do partido islâmico nesta quinta-feira, provocando protestos generalizados de partidários, em que pelo menos 15 pessoas morreram.

Delwar Hossain Sayedee, de 73 anos, vice-presidente do partido Jamaat-e-Islami, foi considerado culpado por assassinatos em massa, estupros, incêndios criminosos, saques e por forçar a minoria hindu a se converter ao islã durante a guerra pela independência do Paquistão, em 1971, afirmaram advogados e autoridades do tribunal.

O partido religioso, conhecido simplesmente como Jamaat, tinha convocado uma greve em todo o país por todo o dia em antecipação ao veredicto contra Sayedee, o terceiro alto membro do partido a ser condenado pelo tribunal criado para investigar abusos durante a guerra pela independência.

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Policiais, testemunhas e a mídia disseram que pelo menos 15 pessoas foram mortas e que cerca de 200 ficaram feridas em confrontos entre ativistas do Jamaat e policiais, conforme a violência irrompeu em vários distritos.

Os manifestantes atearam fogo a um templo hindu e a várias casas no distrito de Noakhali, ao sul de Daca, disseram repórteres. No bazar de Cox, no sudeste, eles atacaram um acampamento da polícia.

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Milhares de pessoas na praça de Shahbag, na capital, que apoiam o tribunal e têm protestado há semanas para exigir a maior penalidade para os criminosos de guerra, explodiram em aplausos quando a sentença foi anunciada.

Sayedee parecia desafiador e se manteve calmo no banco dos réus, conforme juízes liam o veredicto, disseram testemunhas.

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"Eu não cometi nenhum crime e os juízes não estão dando o veredicto do fundo de seus corações", disse Sayedee ao tribunal. "Eles estão submetendo-se a excessiva pressão vinda de Shahbag", disse, referindo-se aos protestos.

O primeiro-ministro Sheikh Hasina criou o tribunal em 2010 para investigar os abusos durante a guerra que custou cerca de 3 milhões de vidas, e durante a qual milhares de mulheres foram estupradas.

(Reportagem adicional de Ruma Paul e Serajul Quadir)

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