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Quarto detido por atentado contra Cristina Kirchner presta depoimento a juíza

Nicolás Carrizo, de 27 anos, teria mensagens suspeitas em seu celular; rapaz trabalhou com brasileiro que tentou matar vice

Internacional|

Argentina teve protestos após atentado contra vice
Argentina teve protestos após atentado contra vice Argentina teve protestos após atentado contra vice

O quarto e até agora último detido por suposto envolvimento na tentativa de assassinato contra a ex-presidente da Argentina e atual vice, Cristina Kirchner, foi levado na sexta-feira (16) perante a juíza do caso para prestar depoimento.

Gaston Marano, advogado do detido, afirmou que seu cliente, Nicolás Carrizo, de 27 anos e a quem os investigadores atribuem mensagens suspeitas em seu telefone como prova contra ele, é inocente. "Ele não é de forma alguma um assassino, ficará claro que ele não é só um trabalhador, mas um trabalhador que deu emprego a outras pessoas. No contexto desse trabalho, ele infelizmente se deparou ou se cercou de pessoas que talvez sejam menos adequadas para serem confiáveis", disse o advogado antes de entrar na corte de Buenos Aires onde o depoimento foi prestado.

Gangue do algodão doce

Carrizo passou a ser chamado na imprensa argentina como o líder da chamada "gangue do algodão-doce". Assim ficou conhecido o grupo de vendedores ao qual também pertenciam os dois primeiros detidos nesse caso e que costumava ficar no meio de manifestações de apoio a Cristina Kirchner em frente à residência dela desde 21 de agosto, quando um promotor pediu 12 anos de prisão contra a ex-presidente sob a acusação de corrupção na concessão de contratos de obras públicas quando foi governante.

Foi durante um desses atos que, em 1º de setembro, o brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, aproximou-se de Cristina com uma arma e, à queima-roupa, tentou matá-la, mas a arma falhou.

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Nem Fernando nem sua namorada, Brenda Uliarte, de 23 anos, detida três dias depois, concordaram em depor no tribunal, embora a juíza María Eugenia Capuchetti já os tenha indiciado por suposta tentativa de matar a vice-presidente com planejamento e acordo prévios entre ambos.

O advogado de Carrizo declarou que seu cliente "não tinha ideia da intenção criminosa" do casal e acrescentou que os três estão ligados apenas por "uma relação comercial".

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"Eles são um grupo de pessoas que tiveram o que podemos chamar de 'changa' (trabalho informal): vender algodão-doce em lugares lotados. Ele (Carrizo) tinha uma máquina, os fazia e vendia para os dois réus, e eles saíam para revender", alegou.

Marano também criticou quem chama Carrizo de "chefe da gangue do algodão-doce", pois argumentou que ele é "o produtor da matéria-prima que eles vendiam" em um "negócio legal". Além de Fernando Sabag Montiel, Brenda Uliarte e Nicolás Carrizo, há outra detida, Agustina Díaz, de 21 anos, uma amiga de Uliarte que foi presa depois que os investigadores descobriram trocas de mensagens entre elas nas quais a namorada do brasileiro supostamente confessou seu plano de "mandar matar Cristina".

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De acordo com os advogados de Díaz, a jovem explicou no tribunal que "em nenhum momento ela acreditou" que o que Uliarte lhe dizia "poderia ser feito", considerando que a namorada de Fernando era "manipuladora e uma contadora de histórias".

Paralelamente a essas detenções, a Agência Federal de Inteligência apresentou ao tribunal materiais que podem ligar o grupo "Revolución Federal" - que há alguns meses vem protestando contra membros do governo - à tentativa de assassinato. O chefe dessa agência apresentou áudios de uma transmissão na conta da organização no Twitter em que alguns de seus membros são ouvidos proferindo frases relacionadas à morte da vice-presidente, de seu filho, o deputado Máximo Kirchner, e do presidente do país, Alberto Fernández.

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