O técnico de futebol e outros dois meninos que ficaram presos na caverna por 18 dias, oficialmente, não são considerados cidadãos tailandeses, segundo afirmou Weenat Seesuk, autoridade do Ministério do Interior em Bancoc.
Ekkapol Chantawong, o mais velho do grupo, conhecido como Ek e os dois estudantes Ponchai Khamluang e Adul Sam-on fazem parte da etnia Tai Lue.
Eles não são considerados tailandeses, mas o governo afirmou que vai avaliar se eles estão aptos para receber a cidadania do país. Há uma comoção para que eles se tornem cidadãos tailandeses.
Quem são os Tai Lue?
Esse grupo específico é uma comunidade semi nômade que vive entre as fronteiras, da China, Mianmar, Laos e Tailândia.
Pelo menos 78 mil pessoas que vivem nas montanhas no norte da Tailândia, nessa região de fronteira são Tai Lue. Eles não são considerados cidadãos tailandeses e, sim, apátridas ou refugiados.
Sendo apátridas, eles não possuem direito à educação superior, por exemplo.
Os Tai Lue são originários da China, mas foram se espalhando por toda a região depois da consolidação do regime comunista na China.
Contudo, existe no gigante asiático, a Prefeitura Autônoma Dai de Xishuangbanna, uma região autônoma, onde a maior parte da população tai que está em território chinês vive.
Na Tailândia, eles vivem do plantio de arroz para a venda e para o consumo próprio, da fabricação de vassouras de junco e do corte e polimento de pedras preciosas.
Os Tai Lue que vivem na Tailândia, dominam pelo menos três idiomas. O tailandês oficial que é ensinado na escola, a variação do idioma que é falada no norte do país e o idioma próprio da etnia, chamado de Lu (ou Tai Lue).
O Lu é usado apenas na comunicação com outros membros da etnia e é motivo de orgulho para todos eles.
A província de Mae Sai, no norte do país é o principal destino dos Tai Lue que vão para a Tailândia.