Chanceler alemã Angela Merkel é conhecida por sua política de abertura para receber refugiados sírios
REUTERS/Kai PfaffenbachUm refugiado sírio de 25 anos encontrou R$ 548 mil (150 mil euros) em um armário que ele ganhou de uma organização de caridade e devolveu a quantia às autoridades locais em Minden, na Alemanha.
O imigrante, identificado como Muhannad M., chegou ao país no final do ano passado. O jovem disse que não pensou duas vezes antes de devolver o dinheiro, que foi entregue a um funcionário incrédulo do Departamento de Imigração da região.
Após o episódio, o jovem virou uma espécie de herói local.
— É um exemplo para todos — disse um agente de segurança, admirado.
O refugiado disse que quer permanecer na Alemanha, onde estuda, e trazer sua família. A Polícia de Minden explicou que ele achou 50 mil euros em dinheiro e o restante em cheques escondidos embaixo de um fundo falso do móvel.
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Segundo as autoridades locais, apesar de ser comum que pequenas quantidades de dinheiro sejam devolvidas, "a devolução de tanto dinheiro é uma exceção absoluta". A Polícia local agora investiga a origem do dinheiro.
Com a intensificação da crise de refugiados na Europa, provocada pelas guerras no Oriente Médio e no norte da África e considerada o pior fluxo de deslocamento forçado desde o fim da II Guerra Mundial (1939-1945), o governo de Angela Merkel se dispôs a receber imigrantes e conceder refúgio.
Sua política, no entanto, foi muitas vezes criticada. Na noite do dia 31 de dezembro, a cidade de Colônia foi alvo de uma série de estupros e atos de violência. A polícia cogita que mais de mil agressores atuaram em pequenos grupos durante o Réveillon.
Eles abordavam as mulheres sozinhas ou em áreas isoladas. Os estupros deixaram a Alemanha em choque e despertaram debates sobre o envolvimento de imigrantes nos crimes, já que o país recebeu mais de um milhão de pedidos de asilos de refugiados.