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Rússia sofre com grande vazamento de óleo no Mar Negro

Segundo autoridades, mais de 100 toneladas do material teriam sido despejados na água perto do porto de Novorossisk

Internacional|

Vazamento aconteceu perto do porto de Novorossisk, no Mar Negro
Vazamento aconteceu perto do porto de Novorossisk, no Mar Negro Vazamento aconteceu perto do porto de Novorossisk, no Mar Negro

Mais de 100 toneladas de óleo foram derramadas no Mar Negro, perto da cidade portuária russa de Novorossisk, no sul da Rússia, denunciou a ONG de proteção ambiental WWF nesta quarta-feira (11).

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As autoridades russas anunciaram que vão realizar uma investigação e o Ministério Público afirmou que já está em andamento uma inspeção à costa para fazer uma "avaliação objectiva" da magnitude do desastre.

Esta região possui vários centros turísticos, muito populares entre os russos.

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O vazamento ocorreu no fim de semana no terminal Yuzhnaya Ozereyevka, próximo a Novorossisk, durante o carregamento do petroleiro de bandeira grega Minerva Symphony.

Na segunda-feira, o Consórcio do Oleoduto do Mar Cáspio (CPC), que controla o terminal, anunciou o vazamento de cerca de 12 metros cúbicos de óleo em uma área de 200 metros quadrados.

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"A situação voltou ao normal" na manhã de domingo e não representa uma ameaça para a população ou o meio ambiente local, disse o CPC, formado pela petrolífera russa Rosneft, o grupo norte-americano Chevron e a italiana Eni.

A WWF afirmou nesta quarta-feira que o vazamento é maior e pode ter um impacto negativo no meio ambiente.

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Segundo a ONG, que possui sistema próprio de monitoramento de catástrofes ecológicas, a mancha de óleo se estendeu por uma área de 94 quilômetros quadrados no domingo.

Isso significa que "pelo menos 100 toneladas, provavelmente mais, foram despejadas no Mar Negro", disse a WWF em um comunicado no Facebook.

Riscos crescentes

“Apesar da implantação operacional de equipes de resgate, o óleo se espalhou por uma grande área”, afirmou a ONG, antes de alertar para os riscos “crescentes” para a fauna marinha.

Segundo Alexei Knijnikov, especialista da filial russa da WWF, a mancha segue rumo ao norte e já alcançou a cidade de Abrau Dyurso, conhecida por suas praias e seus vinhos, podendo chegar à reserva natural de Utrish.

O Instituto de Pesquisa Espacial da Academia Russa anunciou, com base em imagens de satélite, que a mancha de óleo cobre uma área de 80 quilômetros quadrados.

“Se essa informação corresponder à realidade, peixes, pássaros e o ecossistema marinho na área do derramamento estarão ameaçados”, analisou o Greenpeace em um comunicado. “A saúde das pessoas, inclusive de turistas que estão na área do vazamento também corre perigo”, alertou.

Por sua vez, o parque marítimo de Utrish, localizado perto do balneário de Anapa (sul), disse nesta quarta-feira que detectou manchas de óleo na superfície da água próxima ao local.

"Quando você coloca as mãos na água, a pele fica coberta com uma superfície oleosa", explicou em um comunicado no Instagram.

As autoridades russas disseram que estão monitorando de perto a situação.

A vice-primeira-ministra russa, Victoria Abramchenko, ordenou à agência de monitoramento ambiental da Rússia (Rosprirodnadzor) que compartilhasse sua avaliação do desastre após seu compromisso de avaliar os danos causados.

Por sua vez, o ministro da Energia, Nikolai Shulguinov, se reuniu com o presidente do CPC, Nikolai Gorban, e destacou a necessidade de "verificar as informações sobre a magnitude do vazamento".

No final de maio de 2020, 21 mil toneladas de combustível poluíram os cursos dos rios do Ártico após o colapso de um depósito de uma subsidiária da gigante mineradora Norilsk Nickel, causando uma enorme "maré vermelha" visível do espaço

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