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Santos analisa criação de zona de distensão para Farc no pós-conflito

Internacional|

Bogotá, 17 dez (EFE).- O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, comentou nesta quarta-feira que é viável a concentração dos guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em uma zona de distensão na primeira fase do pós-conflito, caso seja assinado um acordo de paz. "É uma alternativa perfeitamente viável, foi utilizada no passado em diferentes experiências", afirmou Santos em uma entrevista à emissora "W Rádio". A possibilidade que os guerrilheiros das Farc estejam concentrados em uma zona especial foi sugerida no último dia 20 de novembro pelo procurador-geral da Colômbia, Eduardo Montealegre, e o ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010), após uma reunião que tiveram em Bogotá. A ideia de uma zona de distensão tinha sido rejeitada pelo próprio Uribe durante seu governo após o fracasso de um experimento similar feito nos diálogos de paz de San Vicente de Cagúan, no sul do país, entre 1999 e 2002, durante o governo de Andrés Pastrana. Na reunião de hoje, Santos se referiu também à polêmica surgida pela possibilidade que se amplie o conceito de crimes políticos para incluir o narcotráfico como delito conexo. A esse respeito, o presidente explicou que se um chefe guerrilheiro é "traficante" não poderá obter benefícios da justiça transicional, desenvolvida para facilitar a incorporação dos alçados em armas à vida civil, porque o narcotráfico nunca será delito político. Segundo o presidente, "os narcotraficantes nunca poderão ser julgados sob esse parâmetro, (porque) o narcotraficante é delinquente, é um criminoso". O líder destacou também que nas negociações com as Farc, iniciadas há dois anos, não haverá paz com impunidade, embora tenha reconhecido que "não se pode julgar todos os guerrilheiros, porque demoraríamos 50 anos para fazer isso". Sobre o mecanismo de referendo popular dos possíveis acordos assinados com as Farc, o presidente assegurou que, quando chegar esse momento, "o povo colombiano vai votar pela paz". "O povo está ao lado da paz. Será uma paz sensata que trará benefícios ao país", concluiu. O último ciclo do ano dos diálogos de paz terminará hoje em Havana e as negociações serão reatadas em uma data ainda não definida do próximo mês de janeiro. EFE mlb/rsd

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