Ban "condena nos mais duros termos o bárbaro assassinato de Kenji Goto"
REUTERSO secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou neste sábado (31) o "bárbaro" assassinato do jornalista japonês Kenji Goto pelo Estado Islâmico, que aparentemente aparece decapitado em um vídeo divulgado pelo grupo. Em declaração escrita distribuída por sua assessoria de imprensa, Ban "condena nos mais duros termos o bárbaro assassinato de Kenji Goto" e acrescenta que sua morte ressalta a violência da qual foram vítimas tantas pessoas no Iraque e na Síria.
"Mais uma vez, o secretário-geral faz um apelo para a libertação incondicional de todos os reféns que o EI e outros grupos mantêm", acrescenta a nota divulgada pelo escritório do porta-voz de Ban.
Em um vídeo que está sendo verificado independentemente, um carrasco do EI assegura que a decapitação se deve à participação do Japão na coalizão internacional contra esse grupo jihadista no Iraque e na Síria.
Vítima
Kenji Goto é um jornalista freelancer de 47 anos que havia deixado ano passado o Japão, onde tem uma mulher chamada Rinko e uma filha de três anos.
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Em outubro de 2014, ele foi capturado pelo grupo extremista enquanto fazia uma viagem à Siria para procurar outro cidadão japonês, Haruna Yukawa, que foi executado no sábado passado.
Antes das execuções, o Estado Islâmico tinha enviado um primeiro vídeo no qual exigia que Tóquio pagasse US$ 200 milhões para não assassinar Goto e Yukawa.