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Sequestrador de Sydney abriu fogo após tentativa de fuga de reféns

Internacional|

Sydney (Austrália), 18 dez (EFE).- O sequestrador da cafeteria de Sydney dividiu os reféns em grupos e abriu fogo quando vários deles tentaram fugir do local, o que levou à intervenção da polícia, informou nesta quinta-feira a imprensa australiana. O pai de um dos reféns relatou que a tensão no local aumentou quando o sequestrador, o autoproclamado clérigo de origem iraniana, Man Haron Monis, começou a dividir os 17 reféns em grupos. Bruce Herat, disse que isso motivou seu filho Joel, de 21 anos, e a outros cinco reféns a derrubar uma das portas internas para que conseguissem fugir, fazendo com que Monis disparasse sua primeira rajada, de acordo com o jornal "Sydney Morning Herald". A polícia reagiu entrando no local e pondo fim ao sequestro, que resultou na morte do gerente do estabelecimento, Tori Johnson, e da advogada Katrina Dawson, assim como do sequestrador. Johnson morreu com um disparo na cabeça, segundo o relato de fontes não identificadas à emissora de televisão "Channel 9", mas as análises dos legistas ainda não foram concluídas. O incidente reabriu o debate sobre o controle de armas na Austrália. A legislação foi endurecida pelo governo do conservador John Howard depois que um homem armado e perturbado matou 35 pessoas em Porth Arthur, na ilha de Tasmânia, em 1996. O senador do Partido Liberal-Democrata, David Leyonhjelm, disse que a Austrália é uma "nação de vítimas" porque os cidadãos não podem utilizar armas para se defender e considerou que um episódio com o ocorrido em Sydney "seria improvável na Flórida ou no Texas (nos EUA)". Leyonhjelm garantiu que as leis sobre o controle de armas "não fizeram nada para prevenir que esta pessoa (Monis) cometesse atos diabólicos em nome do islamismo, nem impediram que ele tivesse acesso a uma arma", em entrevista à emissora "ABC". O senador do Partido Verde, Adam Bandt, por sua vez, argumentou que defender que a Austrália seria mais segura se houvesse maior acesso às armas, como acontece em partes dos Estados Unidos, "ultrapassa os limites", e opinou que Howard agiu corretamente ao endurecer as leis. Segundo Bandt, a questão não será resolvida com um maior acesso às armas, mas que o importante é saber "como alguém com problemas mentais, que foi acusado de ser cúmplice de um assassinato, conseguiu obter permissão para portar armas". EFE watt/rpr

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