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Sudão: países iniciam a retirada de seus cidadãos após uma semana de combates

Pelo menos 413 pessoas morreram e 3.551 ficaram feridas na disputa pelo poder entre Exército do país e grupo paramilitar

Internacional|

Aeroporto da capital do Sudão está fechado há uma semana, quando os combates começaram
Aeroporto da capital do Sudão está fechado há uma semana, quando os combates começaram Aeroporto da capital do Sudão está fechado há uma semana, quando os combates começaram

O líder do Exército do Sudão, Abdel Fattah al Burhan, anunciou neste sábado (22) que "nas próximas horas" terá início a retirada de cidadãos de países como Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e China por via aérea a partir da capital, Cartum.

"O processo de evacuação de todas as missões cujos países assim o solicitem deverá começar nas próximas horas, uma vez que Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e China vão evacuar seus diplomatas e cidadãos por via aérea com aviões de transporte militar pertencentes às suas Forças Armadas a partir de Cartum. E esse processo está programado para começar imediatamente", disse o porta-voz do Exército sudanês, Nabil Abdullah, em um comunicado.

A fonte confirmou ainda que "a missão diplomática saudita foi evacuada por terra para Port Sudan (leste) e de lá por avião para o reino da Arábia Saudita, sendo que a saída da missão jordaniana será assegurada posteriormente da mesma forma".

Dessa forma, a Arábia Saudita seria o primeiro país a conseguir retirar sua missão diplomática do Sudão, embora o Ministério das Relações Exteriores do reino tenha anunciado hoje que "iniciou os preparativos para a evacuação", sem confirmar se já foi efetuada, na qual também vão repatriar cidadãos de outros "países irmãos", sem adiantar mais detalhes.

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Al Burhan recebeu ligações de chefes de Estado de vários países para "pedir que seja facilitada e garantida a evacuação de seus cidadãos e missões diplomáticas (...) e Sua Excelência concordou em prestar a assistência necessária para garantir isso a vários países", destacou o comunicado.

O grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR) anunciou que também dá sinal verde à reabertura "parcial" dos aeroportos sudaneses para permitir a evacuação de estrangeiros.

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No entanto, não se sabe o que cada grupo domina na capital, já que ambas as partes em conflito reivindicam o controle das mesmas instalações, como o Aeroporto Internacional de Cartum, o maior do Sudão.

Nos últimos dois dias, vários países, como Estados Unidos, Japão, Espanha e Coreia do Sul, anunciaram o envio de aviões para Djibouti, a cerca de 1.700 quilômetros da capital sudanesa, de onde será coordenada a evacuação.

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O Aeroporto Internacional de Cartum permanece fechado e intensos confrontos entre as partes em conflito continuam nas proximidades desta instalação vital, apesar da trégua de três dias em vigor desde ontem por causa do fim do mês sagrado do Ramadã.

Pelo menos 413 pessoas morreram e 3.551 ficaram feridas no Sudão desde o início do conflito, de acordo com a última contagem divulgada ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os combates iniciados em 15 de abril entre o Exército sudanês e as FAR começaram após semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição.

Ambas as forças foram os arquitetos do golpe conjunto que derrubou o governo de transição do Sudão em outubro de 2021.

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