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Suposto membro do Hezbollah é condenado pela morte de Hariri

A decisão do Tribunal especial do Líbano isentou o governo da Síria, o Hezbollah, e outros três acusados do atentado em Beirute, em 2005

Internacional|Da EFE

Ex-primeiro-ministro do Líbano Rafik Hariri morreu em um atentado em 2005
Ex-primeiro-ministro do Líbano Rafik Hariri morreu em um atentado em 2005 Ex-primeiro-ministro do Líbano Rafik Hariri morreu em um atentado em 2005

Os juízes do Tribunal Especial para o Líbano consideraram nesta terça-feira (18) "provadas as acusações" contra Salim Jamil Ayyash, suposto membro do grupo xiita libanês Hezbollah, na preparação do ataque "com intenção homicida" contra o ex-primeiro-ministro do Líbano Rafik Hariri em 2005 e absolveu outros três acusados.

"A sala da primeira instância declara Ayyash culpado, sem nenhuma dúvida razoável, como coautor do homicídio intencional de Rafik Hariri", leu o presidente da corte, David Re, sobre o acusado, visto como líder da célula que realizou o atentado em Beirute em fevereiro de 2005.

Embora reconheça que Ayyash "não agiu sozinho", o tribunal considera que ele "desempenhou um papel importante na preparação do ataque", motivo pelo qual é culpado de todas as acusações", entre elas a "comissão de um ataque terrorista com material explosivo", o "homicídio intencional" de Hariri e outras 21 pessoas que morreram no ataque, além da "tentativa de homicídio intencional" contra os 23 feridos.

Os outros três acusados - Hussein Hassan Oneissi, Assad Hassan Sabra e Hassan Habib Merhi - foram absolvidos da responsabilidade na "conspiração" do ataque porque não foi provado que eles sabiam que a intenção do ataque era matar Hariri.

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Filho de Rafik Hariri, o também ex-primeiro-ministro libanês Saad Hariri disse nesta terça-feira que o Hezbollah "terá que fazer sacrifícios" para cumprir a sentença do tribunal.

Em declarações à imprensa ao sair do tribunal, Saad Hariri prometeu "não descansar até que seja cumprida a pena" ditada pelo atentado contra o pai.

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Tribunal especial

Os quatro suspeitos foram julgados a revelia, pois, desde que as acusações foram divulgadas, em 2011, nenhum deles deu sinais de vida nem entrou em contato com o tribunal, localizado na cidade de Leidschendam, na Holanda.

Embora Ayyash seja considerado membro do Hezbollah, os juízes destacaram que o tribunal "Não recebeu nenhuma prova da participação direta" do governo da Síria ou de algum dirigente do grupo xiita libanês Hezbollah no atentato contra Hariri. No entanto, a corte reconheceu que ambas as partes podem ter tido "algum interesse" no assassinato.

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Os magistrados também argumentaram que os autores "tinham razões políticas e a intenção de provocar um estado de terror, algo que é demonstrado na forma, no local e no alvo do ataque", que teve como objetivo "causar pânico ao menos entre o público da região".

A identidade do suicida não pôde ser determinada, mas, a partir das amostras de sangue localizadas, os investigadores concluíram que não se trata de Ahmad Abu Adass.

Foi com essa identificação que, em vídeo divulgado posteriormente, um jovem de 22 anos disse que realizaria um ataque em nome de uma desconhecida organização chamada Vitória e Jihad na Grande Síria.

Desde 2009, o tribunal não conseguiu reunir provas incriminatórias nem colocar os acusados atrás das grades.

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