Por Alister Doyle
OSLO (Reuters) - As temperaturas do mundo atingiram um recorde pelo terceiro ano consecutivo em 2016, aproximando-se de um limite máximo estabelecido para o aquecimento global com eventos extremos, incluindo calor sem precedentes na Índia e derretimento do gelo no Ártico, disseram agências governamentais norte-americanas nesta quarta-feira.
Os dados, apoiados por conclusões de outras organizações, foram emitidos dois dias antes da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que questiona se a mudança climática tem uma causa humana.
As temperaturas médias superficiais sobre a terra e os oceanos em 2016 foram de 0,94 grau Celsius acima da média do século 20 de 13,9C, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).
A agência espacial norte-americana Nasa divulgou dados quase idênticos, e o britânico Met Office e a University of East Anglia, que também acompanham as temperaturas globais para as Nações Unidas, disseram que 2016 foi o ano mais quente registrado.
As temperaturas, que sobem tanto por gases de efeito estufa sintéticos como por um evento natural de El Niño que liberou calor do Oceano Pacífico no ano passado, superaram o recorde anterior em 2015, quando 200 nações concordaram em um plano para limitar o aquecimento global.
"Não esperamos anos recordes todos os anos, mas a tendência de aquecimento a longo prazo é clara", disse Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard para Estudos Espaciais da Nasa.
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