Pelo menos 13 civis morreram depois que um grupo de homens encapuzados abriram fogo nesta terça-feira (24) dentro de um ônibus de passageiros no centro do Afeganistão.
O ataque ocorreu de madrugada na província de Maidan Wardak e só há dois sobreviventes entre os passageiros do ônibus, embora estes estejam feridos e tinham sido transferidos a um hospital, afirmou o porta-voz do governador provincial, Attaullah Khogyanai.
O ônibus vinha de Cabul e se dirigia à cidade de Kandahar, esclareceu o porta-voz, que assegurou que não está claro quem está por trás do ataque.
"Iniciamos uma investigação e as forças de segurança estão buscando os atiradores", disse Khogyanai. Um porta-voz talibã, Zabihullah Mujahid, desvinculou os insurgentes do ataque e destacou através de um comunicado que os civis não são seu "alvo", motivo pelo qual condenam o massacre, e, por isso, tentarão "prender e castigar" os responsáveis.
Nesta segunda, em outro incidente com vítimas civis, seis crianças de entre nove e 11 anos morreram, e outros seis ficaram feridas, quando uma bomba colocada em uma bicicleta explodiu em um campo de críquete na província de Ghazni.
O país islâmico viu aumentar a violência contra alvos não militares em 2014, com 3.700 civis mortos e cerca de 7.000 feridos, de acordo com dados das Nações Unidas, que ultrapassam amplamente os números de anos precedentes.
A Otan pôs ponto final em 2014 em sua missão de combate no Afeganistão, a Isaf, que foi substituída desde janeiro pela operação Apoio Decidido, com cerca de 4.000 soldados em tarefas de assistência e capacitação dos corpos de segurança afegãos.
Por sua vez, os Estados Unidos mantêm sua missão "antiterrorista" de combate no Afeganistão com cerca de 11.000 soldados, que devem permanecer no país até 2016, embora Washington esteja repensando os termos e a duração desta operação.